“Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.” (Romanos 5.19)
Deus sujeitou toda a humanidade à condenação por causa da transgressão de Adão.
A Bíblia diz que todos foram encerrados debaixo do pecado por causa da transgressão de Adão.
A morte entrou no mundo por causa do pecado de Adão, porque Deus lhe disse que caso comesse do fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele morreria, e com ele, toda a sua descendência.
E esta morte ocorreu simultaneamente ao ato da desobediência. A morte do espírito, que ficou separado da comunhão com Deus.
Assim, debaixo da cabeça desobediente que é Adão todos morrem, mas os que estiverem debaixo da cabeça obediente e justa de Cristo viverão eternamente.
Pela ofensa de Adão à justiça de Deus todos morreram, mas por meio da graça de Jesus muitos são justificados para a vida eterna no espírito, porque os efeitos do dom da graça foram concedidos por Deus de maneira muito mais abundante do que a sentença de morte por causa da transgressão de Adão. Porque a condenação veio por causa de uma só ofensa, a saber, a de Adão no Éden.
Mas a justificação é imputada individualmente a cada pessoa que se converte, perdoando-lhe todas as suas muitas ofensas, como Paulo afirma em Rom 5.15,16.
De maneira que quando somos perdoados por Deus o que está sendo perdoado não é o pecado que Adão cometeu no Éden, mas os nossos próprios pecados.
Então se a morte reinou por causa da ofensa de um só homem, a saber, Adão, Deus proveu um meio para que a graça e o dom da justiça seja muito mais abundante, porque por meio de Cristo está perdoando muitas transgressões de muitos pecadores, como se lê em Romanos 5.17.
Mas a base da justificação está relacionada a uma só ofensa, a saber, a de Adão no Éden; e a um só ato de justiça, a saber, Cristo guardando toda a Lei e morrendo por nós na cruz.
E especificamente este um só ato de justiça significa que a justificação é atribuída de uma única vez para sempre; do mesmo modo que a imputação do pecado e da morte que lhe é consequente, foram imputados de uma vez para sempre desde a transgressão de Adão.
Então se a desobediência de Adão fez com que todos se tornassem pecadores, e estes não são poucos, porque são muitos, uma vez que diz respeito a toda a humanidade, de igual modo, a obediência de Jesus é a causa da justificação de muitos, a saber de todos os que estão unidos a Ele pela fé (Rom 5.19).
Então na justificação há uma diferença em relação à condenação quanto ao modo de imputação, porque se todos os homens são herdeiros de Adão, e estão ligados a Ele por descendência, nem todos estão ligados a Cristo, porque a união com Cristo não é natural, mas espiritual, e demanda a necessidade de conversão para que possamos nos tornar co-herdeiros com Ele. Daí ser ordenado por Deus que se pregue o evangelho a todos, de modo que tenham a oportunidade de alcançarem a vida eterna que está em Cristo Jesus.
Um dos propósitos da lei foi para que a ofensa ficasse bem patente aos olhos dos pecadores; revelando que há abundância de pecado no mundo.
Mas pelo Seu plano de salvação Deus tem feito com que a graça seja mais abundante que este pecado abundante, porque em Cristo todas as transgressões são apagadas e esquecidas por causa da justificação.
Isto porque como o pecado reina na morte, Deus estabeleceu o grande contraste fazendo com que a graça que se opõe ao pecado reine também por meio da justificação, para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo.