Quando o Espírito Santo começou a ser derramado em todas as nações, a partir de Jerusalém, no dia de Pentecostes, havia grande vitalidade na mensagem do evangelho que era pregado e ensinado em todas as partes por onde iam os apóstolos e os primeiros discípulos.
Isto ocorria porque a mensagem correspondia exatamente ao ensino que havia sido dado por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito Santo, aos apóstolos.
Os erros e heresias que eram introduzidos dissimuladamente por pessoas de mentes corrompidas, não se sustentavam quando confrontados com a verdade apostólica.
E isto pode ser visto especialmente nas muitas epístolas e nos evangelhos canônicos, que foram escritos para instruírem os cristãos quanto ao caminho em que deveriam andar.
Assim, o retorno ao ensino dos escritos apostólicos, constantes da Bíblia, sempre garantiriam uma renovada vitalidade da mensagem evangélica, que se refletiria no testemunho de vida e fé dos cristãos, quando estivesse ocorrendo qualquer forma de arrefecimento.
Não basta termos a Bíblia em nossas congregações.
Se a sua mensagem não for acatada e vivida, não se verá qualquer vitalidade, quer na mensagem, quer nas vidas dos cristãos.
Deus associou esta vitalidade espiritual à ousadia e coragem de se testemunhar a fé objetiva na Sua Palavra.
Não são portanto os movimentos de renovação, restauração, reforma, ou quaisquer outros, que são propriamente os canais do retorno à vitalidade original do Cristianismo, mas a afirmação da verdade nas vidas daqueles que são levantados por Deus para este propósito.
Pedro Valdo, John Huss e John Wycliff, por exemplo, inspiraram as vidas de muitos, inclusive dos chamados reformadores que a eles se seguiram.
Lutero, Calvino, Zwinglio e muitos outros, foram pessoas chaves de Deus em seus dias.
Depois deles, vieram os pietistas e os puritanos.
Não eram movimentos revolucionários, mas pessoas que haviam sido despertadas para a necessidade de se viver a mensagem do evagelho, do modo como ela nos é apresentada na Bíblia, porque é ali que encontramos o ensino de Jesus e dos seus apóstolos.
Vieram depois dos puritanos, John Wesley, George Whitefield, Jonathan Edwards, Robert Murray MacCheyne, e mais recentemente, Charles Haddon Spurgeon e Martyn Lloyd Jones, para não citar muitos outros.
Podemos ter toda a segurança e certeza, ao estudar os escritos destes nomes citados, e daqueles que estão a eles vinculados, que estaremos bebendo na fonte da qual jorra a verdade.
Não há vitalidade espiritual verdadeira quando se bebe de outras fontes, das quais fluam ensinos que não correspondam à verdade original.
E o ensino desta verdade deve ser integral, ou seja, deve formar santos.
Deve portanto ter caráter formativo e não meramente informativo.
Estas coisas que formam tanto estão relacionadas à doutrina sobre a pessoa e obra de Jesus em favor dos pecadores (redenção, justificação, regeneração e santificação), como também os deveres morais e espirituais que devem ser obedecidos e vividos, quer em família, quer nas congregações, quer na sociedade em geral.
Há sempre no ensino do Senhor e dos apóstolos, esta conjugação de fé e graça, associada com os deveres ordenados.
Por isso vemos tanto nos escritos apostólicos, como nos de todos os homens de Deus, que citamos anteriormente, esta integralidade em seus estudos bíblicos e sermões.
Não eram pastores preocupados em desenvolver um único texto bíblico ou um determinado tema por eles escolhido, senão, pessoas preocupadas em formar Cristo no coração dos seus leitores e ouvintes.
Este é o único caminho que garante a renovação da vitalidade espiritual onde ela houver esfriado.
Não há outro e nem mesmo pode haver, porque não há vida eterna e verdadeira fora da genuína mensagem do evangelho.