A causa da nossa salvação é a eleição amorosa de Deus, e a redenção é a execução necessária para a sua efetiva realização, ou seja, ainda que houvesse eleição, não poderia haver salvação sem o ato remissório, redentor de nosso Senhor Jesus Cristo. De forma que podemos afirmar, que a salvação é o ato de Deus por nós em Jesus Cristo. Sem a obra de Jesus não haveria qualquer salvação, qualquer céu e vida gloriosa futura.
Há uma culpa e uma prisão das quais devemos primeiro, ser perdoados e libertados, para que possamos ser recebidos como filhos de Deus.
O espírito de um servo de Deus não pode ser encontrado escravizado por qualquer outro senhor, especialmente se este for o pecado e o diabo.
E, aquele que não tiver sua dívida de pecados para com Deus quitada, não pode permanecer na Sua presença na condição de filho aceito e amado. Todavia, como vemos em Lucas 24.47, Atos 2.38, e em outras passagens bíblicas, o arrependimento e a fé são necessários para sermos beneficiados pela remissão. E uma vez redimidos continuarão sendo necessários para que o sangue de Jesus nos beneficie em nossa purificação.
Lembremos sempre disso: o sangue de Jesus sempre se mostrará eficaz somente onde houver arrependimento e fé.
No Antigo Testamento a remissão era efetuada geralmente, por um ato de compra em dinheiro, não para se resgatar a propriedade em nome daquele que já se encontrava na sua posse, mas daquele a quem a propriedade pertencia originalmente e por direito. Temos nisto, uma figura da nossa redenção por Jesus Cristo, o qual nos comprou não com dinheiro, mas com o Seu sangue, para que voltássemos à posse total de Deus – nosso Criador, Aquele que tem plenos direitos sobre nós. Somos assim uma propriedade de Deus, redimida, e resgatada para Ele, por Jesus (Apo 5.9).
Jesus pagou o preço total da nossa redenção, de modo que nada temos que pagar pela nossa salvação, até mesmo porque não tínhamos como liquidar o alto preço exigido pela justiça e santidade de Deus, para a nossa redenção. Esta é a razão de ser gratuita para nós, porque custou para Jesus um alto preço.
Afinal não nos pertencíamos, antes mesmo da queda no pecado, porque o homem foi criado para ser propriedade de Jesus Cristo e de Deus Pai.
Deus não poderia jamais ser frustrado em Seu propósito eterno de ter muitos filhos semelhantes a Cristo, então o óbice do pecado deveria ser vencido pelo resgate efetuado pelo Senhor, para que tal propósito pudesse ser cumprido.
Não fomos vendidos por Deus a ninguém, quando pecamos. Simplesmente perdemos a posse de nossa herança eterna por causa do pecado, mas em Jesus Cristo, pelo preço que pagou com Seu sacrifício, fomos resgatados da maldição da Lei, da condenação eterna, da miséria eterna, e fomos reintroduzidos pela esperança e pela fé, à posse de tudo o que Deus planejou conceder àqueles que O amam.
O fim da redenção, ou seja, o seu propósito, segundo Deus, é o de libertar os que estavam aprisionados para que pudessem usufruir da liberdade de verdadeiros filhos de Deus.
A causa da perda da nossa herança não foi Satanás, mas o nosso próprio pecado. E este pecado não poderia ser coberto com prata ou ouro, senão somente com o sangue de Jesus.
Assim, Satanás não tem parte nesta transação que é realizada entre Deus Pai, nosso Senhor Jesus Cristo, e nós pecadores. Deus não tem que dar qualquer satisfação ao diabo para libertar qualquer alma que esteja debaixo da sua influência maligna.
Lembremos que o próprio diabo e todos os demônios são também criaturas de Deus, e já se encontram condenados por Ele a um sofrimento eterno no lago de fogo e enxofre.
Mas, os que foram redimidos por Cristo aguardam a redenção final com a ressurreição de seus corpos por ocasião do arrebatamento da Igreja, quando o Senhor virá para reunir todo o Seu rebanho, de todas as épocas, no aprisco celestial.
Pr Silvio Dutra