“ E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele. Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.
Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.” – Atos 8:1-4
Permitisse o Senhor que acontecesse agora no Brasil – que o Senhor não o permita – o que sucedeu nos primeiros dias Igreja, quando era pura e sem mancha, sob a instrução dos apóstolos, conforme se vê no relato da perseguição que explodiu contra os cristãos logo depois do martírio de Estevão, continuaríamos sustentando a chamada doutrina da prosperidade material, conforme é ensinada e afirmada pela grande maioria das igrejas em nossos dias?
Expatriados, sem bens, aprisionados, martirizados, permaneceram os crentes primitivos pregando a fé em Jesus Cristo para a salvação e santificação de vidas.
Já haviam antes confirmado que estavam desmamados dos prazeres deste mundo quando tiveram por motivo de grande alegria serem espoliados de seus bens e sofrido por causa do nome do seu Senhor.
Havia neles abundante graça e não havia necessitados entre eles porque repartiam os seus bens a todos quantos tinham necessidades (Atos 4.32-34).
“Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável.” (Heb 10.34)
Fosse a bênção de Deus ter muitas coisas deste mundo, os ímpios seriam os mais abençoados, porque é notório que se acha entre eles os que são mais ricos e poderosos segundo o mundo.
Fosse a mera contribuição financeira para alguma igreja ou obra missionária, sem o acompanhamento de um crescimento pessoal na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, o suficiente para nos darmos por satisfeitos com Cristo e ele conosco, estaríamos incorrendo em grosseiro auto-engano.
Fosse a acumulação de bens terrenos o sinal do agrado de Deus para conosco, dissociado de um viver segundo o que nos é ordenado na Palavra, onde estaria a verdadeira igreja de Cristo agora? Certamente de braços dados com o mundo, porque é o mundo que busca o que é terreno e não o que é celestial, divino e espiritual.
“Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Por que o Senhor repreende a Igreja de Laodiceia e a todos os cristãos que se identificam com os seus hábitos? Não é porventura por conta da falta desta verdadeira piedade e santificação no viver cotidiano, pela negação do ego, pelo carregar da cruz e seguir os mesmos passos de Jesus? – Mateus 6:31-33