Leia: Êxodo 25:1-27:19 (Parashá – Porção)
1Reis 5:12-6:13 Matheus 5:33-37 Hebreus 9:1-10 (Haftará – Profetas, Escritos e o Novo Testamento)
Essa é uma das porções mais ricas em detalhes, pelo fato de detalhar o tabernáculo e sua construção, utensílios e móveis. Quando lemos nas escrituras os detalhes do tabernáculo devemos ter em mente duas coisas fundamentais, primeiro: que a revelação do tabernáculo para Moisés dado por D-us, nos ensina uma “revelação progressiva”
onde podemos dizer que é uma visão da presença de D-us no meio do povo e que em Cristo chegaria ao seu auge, D-us habitando dentro do Homem.
Uma segunda coisa importantíssima é o tabernaculo, sendo ele uma “semelhança” de como é no Céu, ou seja, D-us já mostrava de uma maneira clara e até escatológica como será a Restauração dos últimos dias, onde D-us trará a nova Jerusalém e Implantará seu Reino definitivo. D-us revelou visualmente como seria construído o designer de cada utensílio para Moisés, isso nos ajuda a entender como Moisés ensinou os construtores sobre como seria construído o tabernáculo.
A Arca
Êxodo 25:10
10 – Também farão uma arca de madeira de acácia; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura.
Todos os utensílios do Tabernáculo tem um simbolismo profundo de uma realidade marcada pela santidade ao Senhor, deste modo D-us cria um sistema didático que visa ensinar e revelar ao homem que Tabernáculo e todos os seus utensílios são uma imagem do Céu, para que esse Céu seja trazido para o meio do homem, todos os detalhes são princípios profundos que devem nortear a vida de todos Judeus e Cristãos, para que em breve na nova Jerusalém de Ouro, venha a terra e vivamos neste Reino eterno Juntos com D-us.
A arca era feita de madeira de acácia, e continha o bordão de Arão, as tábuas da Lei, o frasco de azeite.
Existe uma grande especulação para saber o paradeiro da arca, mas segundo estudiosos ela pode está escondida debaixo do domo da rocha, onde esta a mesquita de Al aquisa, provavelmente escondida pelo rei Josias, No Segundo Livro de Crônicas 35.3 lemos que o rei Josias “disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e estavam consagrados ao Senhor: Ponde a arca sagrada na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de Israel; já não tereis esta carga aos ombros. A palavra para “casa” em hebraico é bayith. Ela pode também ser traduzida por “câmaras”’ ou “quartos interiores”, “calabouço”, ou “o ponto mais baixo”.
Para proteger a Arca de ser roubada por uma dessas nações, o rei Josias – um homem à frente do seu tempo – ordenou aos levitas que pusessem a Arca em um esconderijo secreto e isolado debaixo do que é agora o Domo da Rocha. O texto não se refere a colocar a Arca no Templo; ela tinha estado no Santo dos Santos do Templo por muitos anos (1Rs 8.2; 2Cr 5). Em vez disso, Josias reconheceu a ameaça representada pelos babilônios e egípcios. Esses dois impérios estavam guerreando um contra o outro naquela época, e Israel foi pego no meio da batalha. Para proteger a Arca de ser roubada por uma dessas nações, o rei Josias – um homem à frente do seu tempo – ordenou aos levitas que pusessem a Arca em um esconderijo secreto e isolado debaixo do que é agora o Domo da Rocha. Segundo Crônicas 35.3 é a última menção da Arca da Aliança nos livros históricos.
A Arca representa a aliança feita com Israel, e todos os seus detalhes ricos em revelações dos princípios espirituais e escatológicos, os querubins que estão sempre onde é manifesta a Presença de D-us, tipificam assim como guardavam o Jardim do Éden, guardam também hoje o momento quando D-us se manifestará seu Reino Eterno que os Justo herdaram.
O Propiciatório
Êxodo 25:17-18
17 – Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio. 18 – Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.
É o local onde se era feita a expiação anual, Yom Kippur, que o sangue era posto no propiciatório (Capóret), e a Glória de D-us descia e concedia perdão a todo o povo, igualmente como Yeshua, pois seu sangue carmesim anula o sacrifício pelo pecado, pois era uma tipificação do verdadeiro sacrifício que veria Justificar Judeus e Gentios que manifestassem Fé em seu sacrifício diante de D-us.
A Mesa
Êxodo 25:23-30
23 – Também farás uma mesa de madeira de acácia; o seu comprimento será de dois côvados, e a sua largura de um côvado, e a sua altura de um côvado e meio….30 – E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face perpetuamente.
Uma bela tipificação, nos ensina que D-us é o provedor e nos dá o sustento. Os pães da proposição serviam de alimento para os sacerdotes, essa mesa em hebraico chama-se Shulchán, (Pronuncia-se “ch” com som “rr” como em carro), o símbolo da mesa é muito importante pois colocamos na mesa nosso sustento, o alimento que conseguimos com muito suor, e nos ensina que é D-us que nos dá o sustento, por isso devemos sempre orar em família antes de nos alimentar, pois D-us se faz presente neste momento de intimidade e reconhecimento de quem nos sustenta, e sentar a mesa vai muito além de alimento para sustento do corpo, nos transporta para presença daquele que é o Pão da Vida.
O Candelabro
Êxodo 25:31-38
31 – Também farás um candelabro de ouro puro; de ouro batido se fará este candelabro; o seu pé, as suas hastes, os seus copos, os seus botões, e as suas flores serão do mesmo. 32 – E dos seus lados sairão seis hastes; três hastes do candelabro de um lado dele, e três hastes do outro lado dele….37 – Também lhe farás sete lâmpadas, as quais se acenderão para iluminar defronte dele.38 – Os seus espevitadores e os seus apagadores serão de ouro puro.
O responsável pela iluminação interna do tabernaculo, pois não havia janelas, enchia os braços do candelabro com óleo que servia como combustível para mantê-lo acesso, o menorá simboliza a presença de D-us no meio do povo, e serve para nos ensinar que sem “Óleo” que é o símbolo do Espírito de D-us não estiver em nossas vidas, nunca poderemos iluminar as pessoas a nossa volta, tão pouco sermos servos verdadeiros de D-us. Por reverencia, a tradição judaica proíbe se fazer uma menorá com as mesmas referencias e relatadas no livro de Êxodo. Uma revelação muito importante, a menorá está no fato de haver uma haste central que serve como equilíbrio entre os três braços direito e esquerdo, nos dando a ideia de que D-us pode nos dar equilíbrio entre nossa inclinação para o mal (carne) e nosso Espírito, para que a vontade de D-us seja mantida em nossas vidas.
O Tabernáculo
Êxodo 26:1
1 – E O TABERNÁCULO… Êxodo 25:8 E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
D-us em sua infinita sabedoria revelou o tabernáculo a Moisés, não para morar nele, pois D-us não pode morar em lugar limitado, mas nos revela o real motivo: Habitar no Homem. Talvez alguém pergunte, por que tanto detalhes? Mas isso se faz necessário para mostrar que uma vida de relacionamento com D-us depende de atitudes diárias e disciplinas, com a real intenção do coração do homem, amar seu Pai Criador, os detalhes do Tabernáculo, nos ensina que em nossas vidas possuímos detalhes a serem cumpridos no relacionamento com D’us. Vemos no tabernáculo a figura do Reino futuro onde D-us irá morar literalmente com o Homem (Apocalipse 21), em Cristo passamos a desfrutar da presença de D-us em nós por antecedência, mas no futuro será visível e eterno. Algo importante sobre o tabernáculo e seus utensílios está no fato de constantemente sermos chamados atenção para presença de D-us no meio dos homens, assim o zelo e a preocupação com os assuntos do Reino dos céus, estejam dia a dia refletidos em nossas atitudes, mostrando ao mundo quem de fato habita em nós.
Fazendo uma Correlação (Midrash) – Haftará
I Reis 5:12-18
12 – Deu, pois, o SENHOR a Salomão sabedoria, como lhe tinha falado; e houve paz entre Hirão e Salomão, e ambos fizeram acordo. 13 – E o rei Salomão fez subir uma leva de gente dentre todo o Israel, e foi a leva de gente trinta mil homens; 14 – E os enviava ao Líbano, cada mês, dez mil por turno; um mês estavam no Líbano, e dois meses cada um em sua casa; e Adonirão estava sobre a leva de gente. 15 – Tinha também Salomão setenta mil que levavam as cargas, e oitenta mil que talhavam pedras nas montanhas, 16 – Afora os chefes dos oficiais de Salomão, que estavam sobre aquela obra, três mil e trezentos, os quais davam as ordens ao povo que fazia aquela obra. 17 – E mandou o rei que trouxessem pedras grandes, e pedras valiosas, pedras lavradas, para fundarem a casa. 18 – E as lavraram os edificadores de Hirão, e os giblitas; e preparavam a madeira e as pedras para edificar a casa.
I Reis 6:1-13,
1 – E SUCEDEU que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de Zive (este é o mês segundo), começou a edificar a casa do SENHOR. 2 – E a casa que o rei Salomão edificou ao SENHOR era de sessenta côvados de comprimento, e de vinte côvados de largura, e de trinta côvados de altura. 3 – E o pórtico diante do templo da casa era de vinte côvados de comprimento, segundo a largura da casa, e de dez côvados de largura diante da casa. 4 – E fez para a casa janelas de gelósias fixas. 5 – E edificou câmaras junto ao muro da casa, contra as paredes da casa, em redor, tanto do templo como do oráculo; e assim lhe fez câmaras laterais em redor.
6 – A câmara de baixo era de cinco côvados de largura, e a do meio de seis côvados de largura, e a terceira de sete côvados de largura; porque pela parte de fora da casa, em redor, fizera encostos, para que as vigas não se apoiassem nas paredes da casa. 7 – E edificava-se a casa com pedras preparadas, como as traziam se edificava; de maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum outro instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam. 8 – A porta da câmara do meio estava ao lado direito da casa, e por caracóis se subia à do meio, e da do meio à terceira. 9 – Assim, pois, edificou a casa, e a acabou; e cobriu a casa com pranchões e tabuados de cedro. 10 – Também edificou as câmaras em volta de toda a casa, de cinco côvados de altura, e as ligou à casa com madeira de cedro. 11 – Então veio a palavra do SENHOR a Salomão, dizendo: 12 – Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e fizeres os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, confirmarei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai; 13 – E habitarei no meio dos filhos de Israel, e não desampararei o meu povo de Israel.
Como a palavra de D-us se confirma! Aqui vemos a confirmação condicional para as bênçãos e a presença de D-us no meio do povo, deste modo, o tabernáculo não era a finalidade e sim uma forma de ensinar o povo sobre como deveria ser seu relacionamento com D-us e seu semelhante, era importante o povo cumprir os mandamentos com sinceridade e temor, vendo em cada detalhe segredos fantásticos de suas condutas Morais que devem nortear a vida de cada pessoa temente a D-us. Hoje o Templo não existe, porém acreditamos haver um motivo importante, são dois mil anos sem a presença do templo de Jerusalém, mas aqueles que vivem sua fé no filho de D-us, Jesus Cristo, são tabernáculo para habitação de D-us no Espírito, deste modo, Jesus tornasse aquele que permite D-us manifestar no homem aquilo que Ele sempre quis, fazer no homem morada, assim devemos viver uma vida diária na presença de D-s e cumprindo aqui na terra sua vontade.
Hebreus 9:1-10
1 – ORA, também a primeira tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre. 2 – Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candelabro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário. 3 – Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos, 4 – Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança; 5 – E sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.
6 – Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços; 7 – Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo; 8 – Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo, 9 – Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço; 10 – Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.
O Livro de hebreus no ajuda a entender melhor o principal motivo de ter sido estabelecido o sistema sacrificial de animais para perdão de pecados, desde modo Jesus em seu sacrifício anula o sistema sacrificial de perdão pelos pecados, pois apontava para um sacrifício perfeito, como Jesus já foi sacrificado, hoje ainda temos que sacrificar sim, não animais, mas sim devemos sacrificar nossas vontades e desejos, mortificando nossa carne para vivermos em plena consciência de santidade e perfeição de atos diante de D-s, onde o messias nos proporciona vivermos essas verdades em nossas vidas.
Você Sabia?
No Comentário da Torá desta porção o Rabino Messiânico Marcelo Miranda Guimarães comenta as etapas realizadas no tabernáculo da seguinte maneira: o pátio é a nossa experiência com Yeshua (Páscoa), o Santuário o nosso encontro com o Espírito Santo, e o Santíssimo nosso encontro com o Pai, ou seja, existem etapas a serem seguidas em nosso relacionamento com D-us para alcançarmos plenitude espiritual, agora que você já sabe qual nível que você se encontra no seu relacionamento com D-us? Pense Nisso.
(Obs: Toda Semana escrevo estudos baseado no Pentateuco, nos profetas e no Novo Testamento, ensinando principalmente os princípios da palavra de D-us, esse estudo se enquadra na categoria, Teologia, Estudo Bíblico ou sugiro uma nova seção chamada “Pentateuco”)
Sou O Pr. Yves Garcia, Sou Bacharelando em Teologia Pelo Faculdade Teológica e Apologética Cristã Dr. Walter Martins, Com Especialização em Teologia Judaica-Messiânica Pelo CATES, e Bacharelando em Administração de Produção, Congrego Na Missão Apostólica Sem Fronteiras – MASFBRASIL, www.md4-masf.blogspot.com / www.masf-brasil.com.br, meu email: [email protected], desempenho os ministérios de Educação Cristã, Administrador e Lider de Ministério Infantil, Casado Com Pra Quécia Garcia, Amazonense, atualmente moro na Cidade de Manaus).