Já ouvi tantas vezes dizerem que é preciso cuidar, vigiar para que o mundo não venha para dentro da igreja. E vejo que o conceito mundo refere-se ao pecado, a trazer para dentro da igreja hábitos, práticas que não condizem com a palavra de Deus. Mas, tenho para mim que, infelizmente e de maneira sutil, o mundo já se encontra dentro da igreja na forma de indiferença, de individualismo. Dia após dia a igreja vem perdendo a essência de Deus que é o amor.
Perdeu-se a capacidade de olhar nos olhos das pessoas e discernir aquilo que lhes vai na alma, de perceber a dor, o pesar e realmente se importar, indo além da simples percepção, mas sendo um na dor, sendo esteio, sendo suporte, estendendo a mão , dando ouvidos. O caminhar a segunda milha parece que ficou esquecido em algum lugar. São poucas as pessoas que ainda trazem isso em si, essa capacidade, essa empatia que é fruto do amor de Deus em nós.
A igreja pós-moderna como dizem, tem se preocupado mais com a plasticidade do culto, com os projetos, planos e estratégias. Numa escala de importância isso tem tomado o lugar de pessoas, que são e sempre serão o alvo do amor de Deus. Nesses dias as palavras de Jesus soam cada vez mais alto e a igreja precisa estar com seus ouvidos atentos, não somente para ouvir, mas principalmente para obedecer – “Contra você, porém, tenho isto Você abandonou o seu primeiro amor.
Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio.”