Esta afirmação é aplicável a um grande número de pessoas em todas as épocas da história da humanidade.
Um pai se empenhou muito para que seu filho desfrutasse todos os prazeres que o mundo pudesse lhe dar, e este caiu em grande dissolução e dependência química que o conduziu à morte.
Alguém deu grande quantia em dinheiro para um menor de idade e com este dinheiro ele adquiriu uma arma de fogo com a qual assassinou pessoas inocentes.
Estes são exemplos domésticos, particulares e a área do mal é restrita e não reflete sobre grande parte da humanidade.
Não é a este tipo de mal que queremos enfocar, senão aquele que é produzido por um conjunto de boas intenções que no fim arruínam a sociedade como um todo.
Por exemplo, quando defendemos e proclamamos a ideia de libertação dos poderes governantes (pais, autoridades etc), contribuímos para que a sociedade seja rebelde, violenta, irreverente e arrogante, para não citar outras coisas piores. E pensar que tudo veio a partir da noção de liberdade, que é em si uma coisa boa, desde que não ultrapasse os limites que lhe devem ser impostos, em prol do bem pessoal e comum.
A proposta do ecumenismo religioso é muito bela, mas impraticável, porque quando se renuncia aos valores nos quais cremos não somente há perda de identidade, como a pulverização mesma de todas as nossas crenças. Viver em paz com os que pensam diferentemente de nós é uma coisa, mas tentar colocar Deus e a Sua vontade num emaranhado de crenças diferentes acaba por expulsar o próprio Deus de nossas vidas, e coloca em seu lugar uma nova religião sem Deus, criada pela imaginação e conveniência do homem.
A liberação sexual da qual se diz ter sido uma conquista da sociedade ocidental do século XX, tem conduzido à dissolução da família e do compromisso conjugal, no qual os maiores prejudicados são os filhos nascidos em tais condições.
Não há portanto como fugir, pois toda vez que corremos para longe dos braços de Deus, caímos nos braços do mal.
“Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Nisto se cumpre toda a Lei de Deus. Mas quem pode alegar que está amando o próximo quando assume um padrão de vida e comportamento que lhe traz o mal? Veja bem, o mal, e não propriamente o que lhe desagrade, pois é possível agradar alguém e com isto estar lhe fazendo o mal, assim como é possível desagradá-lo e estar lhe fazendo um bem.
O bem não decorre portanto do que pensamos, de nossas boas intenções, mas de um proceder verdadeiramente justo, reto, criterioso, pacífico e amoroso.
Pr Silvio Dutra