A graça é abundante para o principal dos pecadores.
John Bunyan me diz que eu deveria procurar diligentemente por um duplo tesouro – o tesouro da minha primeira e segunda experiência desta graça de Deus, a bênção do limiar e a bênção da casa.
Há a minha primeira experiência. Por que eu não me lembro da palavra que se agarrou a mim, quando eu estava afundado em pecado e em miséria? Eu não me lembro de meu terror de consciência, e o medo da morte e do inferno; minhas lágrimas e orações também – sim, quanto eu suspirava por misericórdia? Eu esqueci o local onde pela primeira vez a minha alma foi visitada? Não, não; eu O louvarei sempre por esta primeira experiência de Sua graça. Oh dia feliz, que fixou a minha eleição em Cristo, meu Salvador e meu Deus!
Mas há a minha segunda experiência também. Se tenho pecado contra a luz, pecado depois de ter sido levado para casa desde o deserto e do país distante; se eu tenho sido tentado a blasfemar; se eu estou em desespero; se eu acho que Deus está lutando contra mim; que o céu está escondido de meus olhos; e ainda – e ainda assim o Senhor me livrou de tudo isso: aqui estão novos temas e motivos para ação de graças. Como um filho e nem tanto como um pecador, dentro da casa do Pai, bem como fora de seus muros, eu tenho provado e visto que Deus é misericordioso.
Pela mão do Senhor Jesus Cristo, Ele me leva para fora da terra de areia e de espinhos – para a terra que mana leite e mel. Neste novo amanhecer eu me lembro e comemoro a plenitude de Sua misericórdia.
Texto de Alexander Smellie, traduzido e adaptado por Silvio Dutra.