Somos amigos ou inimigos de nós mesmos, em conformidade com aquilo que somos, especialmente no que se refere ao nosso procedimento em relação aos nossos semelhantes.
Por princípio geral: quem faz o bem, segundo Deus, a outros, está fazendo a si mesmo, em muito maior medida, conforme revelado nas Escrituras, e comprovado na experiência prática da vida.
Há a promessa de Deus de ser misericordioso para com os que forem misericordiosos; de perdoar os que perdoarem os seus ofensores.
Nem mesmo um copo de água fria dado por amor a Cristo e ao próximo, perderá a sua recompensa divina.
Em suma: se alguém quer viver bem, faça o bem a outrem; pois quem ama o próximo está dando provas de amar a si mesmo, porque receberá o bem de volta da parte de Deus, em medida centuplicada.
Quando nos dispomos a vencer o mal com o bem, retribuindo ofensas e injúrias com orações intercessórias e bendizendo aos que nos ferem, e contando para tanto, com o poder e o amor do Espírito Santo derramado em nossos corações, podemos estar certos de que Deus far-nos-á mais do que vencedores por meio de Cristo, antes e principalmente sobre nós mesmos, em relação a sermos livrados de possíveis sentimentos de vingança, ódio e amargura que poderiam nos dominar, caso não nos dispuséssemos a andar na trilha da bênção, tanto para nós, quanto para outros.
Em face de tudo o que foi citado, não é necessário dizer que aquele que vive de modo contrário a esta regra, está ferindo a si mesmo, porque o que com ferro fere, com ferro será ferido; o que mata com a espada de um coração afiado e ferino, pela mesma espada que usa será também ferido.
Assim que o Senhor guarde os nossos corações de abrigarem ressentimentos e mágoas, porque são um poderoso veneno que rouba as vidas daqueles que o carregam consigo.
Pr Silvio Dutra