Uma vez que o conhecimento de Deus e das coisas divinas é uma parte e ramo da verdadeira piedade, ou da religião experimental, pois sem isto não pode haver boa disposição na mente para com Deus, pois não existem afetos nem desejos por um objeto desconhecido. Não pode haver verdadeira adoração de Deus, onde não há conhecimento de Deus, como mostrado nos casos dos samaritanos entre os judeus, os atenienses entre os gentios, e os seus filósofos sábios; não pode haver obediência cordial a ele por aqueles que são ignorantes sobre ele – a linguagem dessas pessoas vai ser como a de Faraó (Êxodo 5.2).
É uma falsa máxima religiosa afirmar que “a ignorância é a mãe da devoção;” isto está tão longe de ser verdade, que é o pai da irreligião, da vã adoração, superstição e idolatria.
A piedade é um conjunto das graças do Espírito de Deus nos corações do seu povo, no exercício da qual a religião experimental ou culto interno se encontra, agora, não pode haver graça sem conhecimento, nem fé, sem isto, o objeto deve ser conhecido, ou não pode ser acreditado justamente como se vê na resposta sábia do homem cego à pergunta de Cristo (João 9.35,36).
Dos gentios, que são descritos como aqueles que “não conhecem a Deus”, também é dito que estão “sem esperança”, sem esperança e sem Deus no mundo: sem esperança em Deus e de coisas boas dele no presente, e sem esperança da ressurreição dos mortos – num estado futuro, de desfrute da felicidade nisto (I Tes 4.5,13).
Um objeto desconhecido não pode ser objeto de amor, uma pessoa invisível pode: “Quem não tendo visto, nós amamos”, mas uma pessoa desconhecida não pode ser verdadeira e cordialmente amada; Deus deve ser conhecido, ou ele não pode ser amado com todo o coração e com toda a alma.
O homem sábio diz “que não é bom proceder sem refletir”, Prov 19.2; ou melhor, isto pode ser assim entendido, “sem o conhecimento a alma não está disposta àquilo que é bom”, não pode estar bem disposta para com Deus, nem ser apta para toda boa obra, ou para o desempenho correto de qualquer exercício religioso, mas está disposta ao que é mau; pois onde a ignorância reina nenhuma coisa boa habita. Agora,
1. Em primeiro lugar, observemos que, enquanto os homens estão em um estado natural, não regenerado, e não renovado, pelo Espírito Santo, eles são desprovidos de conhecimento divino – o tempo antes da conversão é um tempo de ignorância, o que não foi apenas o caso do mundo gentio em geral, antes que o evangelho chegasse até eles, mas de cada pessoa em particular, judeus ou gentios (Atos 17.30; I Pedro 1.14), todos os filhos e filhas de Adão estão nas mesmas circunstâncias, porque a ilustração disto pode ser notada,
1a. Em primeiro lugar, que Adão foi criado uma criatura com conhecimento, sendo feito à imagem e à semelhança de Deus, que tinha muita compreensão e conhecimento das coisas, e enquanto ele continuava em estado de inocência seu conhecimento era muito grande, mas não é fácil dizer quão grande era, quanto ele sabia das coisas naturais, assim como das coisas morais e divinas – como ele sabia muito das criaturas e sua natureza, de modo a dar nomes adequados para elas, ele sabia muito de Deus, de sua natureza, perfeições, e de sua mente e vontade, e de todas as verdades e os deveres da religião necessários, pois podemos inferir à luz da sua natureza e obras, e pelo exercício de seus próprios poderes racionais, que estavam em sua plena força e vigor, e que por proximidade de Deus e da comunhão que ele tinha com ele, e por aquelas revelações que foram feitas a ele por Deus, seu conhecimento deve ter sido muito grande.
Mas,
1b. Em segundo lugar, nossos primeiros pais não estavam contentes com o conhecimento que eles tinham, mas ouvindo a tentação de Satanás, que lhes sugeriu que, se comessem do fruto proibido se tornariam sábios e conhecedores como Deus, eles pecaram com isto, e por isto, e assim perderam em grande medida aquele conhecimento que tinham, porque “o homem que está em honra”, como ele estava, enquanto no estado de inocência, e “nada entendia”, então ele se tornou por pecar, como os animais que perecem, não somente como eles, tendo se tornado através do pecado mortal, como eles são, mas por causa da falta de entendimento, ainda vãmente o homem seria sábio, pensaria ser sábio e uma criatura com muito conhecimento, “Todavia, o homem não permanece em sua ostentação; é, antes, como os animais, que perecem.”, Sl 49.12.
1c. Em terceiro lugar, Adão sendo afastado da presença de Deus, e privado da comunhão com ele por causa do pecado, pelo qual a sua natureza foi corrompida, a escuridão tomou o seu entendimento e o espalhou, e muito dissipou aquela luz que antes brilhava tão intensamente nele, e este é o caso de toda a sua posteridade (Ef 4.18). A escuridão do pecado cegou os olhos de seu entendimento, que não podiam ver e entender as coisas divinas; isto trouxe uma ignorância de Deus neles, pela qual veio a sua falta de disposição para com Deus, uma alienação dele, e um aversão a uma vida agradável para ele, e este é o estado e caso de todos os homens, mesmo dos eleitos de Deus antes da conversão, que não estavam apenas nas trevas, mas eram “escuridão em si mesmos”, até que eles são feitos luz no Senhor, e quando a verdadeira luz da graça brilha, e expulsa a escuridão para longe (Ef 5.8; I João 2.8).
1d. Em quarto lugar, esta escuridão e ignorância são aumentadas num curso pecaminoso. Naturalmente o homem “está nas trevas”, ele nasce na escuridão e continua na mesma, “e anda nas trevas”, e por um hábito e costume no pecado aumenta a escuridão de sua mente, pois apesar da queda há alguns restos de luz na natureza no homem, algumas noções gerais de bem e mal, de acordo com as quais a consciência natural acusa ou justifica, mas, por vezes, através de um curso de pecado a consciência é cauterizada, cauterizada como com um ferro em brasa, para que ela se torne insensível à distinção do bem e do mal (Is 5.20).
1e. Em quinto lugar, há em muitos uma ignorância afetada, o que é muito criminoso, pois eles são “voluntariamente ignorantes”, como diz o apóstolo em relação aos escarnecedores que se levantarão na última hora, ou melhor, eles não estão dispostos a entender o que eles podem, eles não conhecem, nem vão entender, eles andam em trevas, pois não optam fazer uso, senão evitar os meios de conhecimento, e fecham os olhos contra toda a luz e convicção, pois não se importam em vir para a luz, e amam mais as trevas do que a luz, pois não desejam conhecer a Deus e seus caminhos, mas sim que ele se retirasse deles; para estes a sabedoria, diz: “Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?” (Prov 1.22; 2 Pe 3.5; Sl 82.5; João 3.19; Jó 21.14).
1f. Em sexto lugar, alguns, por causa das paixões pecaminosas às quais se entregam, e seu desprezo dos meios de luz e conhecimento, e a escolha teimosa que fazem do erro e da falsidade, são abandonados à cegueira judicial e dureza de coração, como muitos entre os pagãos, que por não gostarem de manter Deus em seu conhecimento, foram entregues a uma disposição mental reprovável, ou a um vazio de mente de julgamento, e por isso absorveram noções e executaram ações inconvenientes (Rom 1.28), e os judeus, que rejeitaram Jesus, o Messias, contra toda a luz e provas, ficaram sujeitos a um espírito de sono, com olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, nem entenderem com o coração (João 12.40; Rom 11.8); e os seguidores do Anticristo, que não receberam o amor da verdade, por uma forte ilusão foram enviados a crer numa mentira (2 Tes 2.10,11). Outros têm sido deixados sob o poder de Satanás, que é o deus deste mundo, e têm tido os olhos cegados por não crerem, a menos que a luz do evangelho da glória de Cristo brilhe para eles (2 Cor 4.4).
2. Em segundo lugar, em cada pessoa renovada há um conhecimento de Deus e das coisas divinas, a nova criatura ou “novo homem se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Col 3.10). O conhecimento espiritual e divino é uma parte do novo homem, que não é outra senão uma assembleia de graça constituída por vários membros, da qual cada crente faz parte, sendo uma parte da imagem de Deus e Cristo estampada sobre a alma em regeneração, e que lhe confere uma disposição divina; e sobre isto pode ser observado,
2a. Em primeiro lugar, o objeto disto: Deus. Antes da sua conversão, os homens não conhecem a Deus, mas depois que o conhecem, ou melhor, sendo conhecidos por ele (Gál 4.8,9), há um conhecimento tríplice de Deus, ou um conhecimento de Deus de uma forma tripla.
2a1. Há um conhecimento de Deus pela luz da natureza através das obras da criação, que mostram seu eterno poder e divindade, declaram sua glória, e mostram a sua sabedoria e bondade, através das obras da providência, por que ele não deixou a si mesmo sem um testemunho do seu ser e bondade, e esses caminhos e obras são inescrutáveis, e uma pequena parcela deles é conhecida pelos homens, mas há algo de Deus para ser conhecido por eles, e que ele é, como disse Jetro, “maior que todos os deuses”, mas, tal conhecimento sempre foi insuficiente para ensinar aos homens a verdadeira adoração de Deus, e influenciá-los a ela, não obstante isso, ou eles não o adoram afinal, ou por ignorância, o adoram, isto é, não de uma forma certa; os filósofos sábios dos pagãos, embora tendo algum tipo de conhecimento de Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem o serviram, mas honraram e serviram mais a criatura do que ao Criador, nem era tal conhecimento eficaz para fazer o coração dos homens melhores, nem para consertar suas vidas, andando em dissoluções, concupiscências, embriaguez, orgias, banquetes e abomináveis idolatrias. Este é o caráter que o apóstolo apresenta em relação a eles em Rom 1.18-32, mesmo daqueles que professavam ser sábios.
Nem era essa luz e conhecimento suficientes para lhes mostrar o verdadeiro caminho, de como um Deus ofendido pode ser apaziguado, ou como os pecadores são reconciliados com Deus, ou por que meios a expiação do pecado poderia ser feita e, nem poderia dar aos homens qualquer bom fundamento para a esperança de perdão do pecado em qualquer conta que seja; embora possam presumir sobre a misericórdia de Deus, e conjeturar que ele perdoaria os seus pecados com base no seu arrependimento, disso eles não poderiam ter uma plena certeza, como disseram os ninivitas em Jonas 3.9. Também não foi suficiente para lhes assegurar um futuro estado de felicidade, e descrever o que ele é; assim como para a imortalidade da alma, eles tinham alguns pontos de vista fracos, e ainda que seja verdade que criam na ressurreição dos mortos não tinham esperança, e plena certeza da felicidade eterna no por vir.
A vida e a imortalidade são apenas verdadeiramente trazidas à luz pelo evangelho.
2a2. Há um conhecimento de Deus pela lei, a lei de Moisés, a lei moral, embora tenha sido dada por intermédio de Moisés, ela era de Deus, e mostra o que é a sua boa e perfeita vontade; é uma transcrição de sua natureza, justiça e santidade, mas ela somente fornece o conhecimento dele como um legislador que pode salvar e destruir, e como um Deus irado ameaçando ira para os transgressores da mesma, nem mesmo com o arrependimento; ela acusa de pecado, pela violação da mesma; pronuncia culpado por isso, e é o ministério da condenação e da morte; por que é o conhecimento do pecado, mas não de um salvador dele. E a lei cerimonial era de fato uma sombra dos bens vindouros por Cristo, seus sacrifícios prefiguravam o sacrifício de Cristo, e era o professor dos judeus que lhes ensinou sobre Cristo, e dirigiu a ele.
2a3. Há um conhecimento de Deus que vem pelo evangelho, a doutrina da graça e da verdade, que é por Cristo, que estava no seio do Pai, e que o tem manifestado, sua pessoa, sua natureza, sua graça, sua mente e vontade aos homens; Deus falou por meio do Filho, e fez uma maior revelação de si mesmo por ele, e faz uso dos ministros do evangelho para dar a luz do conhecimento da glória de Deus, na face ou pessoa de Cristo, que é o resplendor da glória do Pai e a expressa imagem da sua pessoa, e é desse tipo de conhecimento de Deus em Cristo, que as almas são feitas participantes, quando são renovadas no espírito de suas mentes; isto não é um mero conhecimento teórico e especulativo, como os judeus carnais tiveram, que tinham uma forma de conhecimento da lei, e que por quebrá-la desonraram a Deus, e que alguns que se dizem cristãos podem ter, que professam em palavras conhecer a Deus, mas em obras o negam; que dizem Senhor, Senhor, mas não fazem a vontade de nosso Pai que está nos céus; mas este é um conhecimento espiritual e experimental de Deus, como um homem espiritual possui, a partir do Espírito de Deus como um espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele; o qual leva os homens a meditarem e saborearem as coisas espirituais.
Este é um conhecimento que é obtido com a fé em Deus como Deus da aliança em Cristo: é um conhecimento fiducial, para quem coloca sua confiança nele, em quem é eterna força, e de quem eles esperam todos os provimentos de graça e têm conhecimento dele como sua porção e grande recompensa, eles esperam nele para o que eles querem no presente, e para a felicidade com ele daqui por diante, e tal conhecimento sempre inclui nele amor a Deus, e a maior afeição cordial por ele; “aquele que não ama, não conhece a Deus” (I Jo 4.8), porque aquele que o conheceu não poderia senão amá-lo, e dizer-lhe: “A quem tenho eu no céu senão a ti? e ninguém há na terra que eu deseje além de ti.”
Tal conhecimento é acompanhado com um temor filial e reverência a Deus; onde não há conhecimento de Deus não há temor de Deus, mas onde há conhecimento de Deus, da sua graça e bondade, e de sua misericórdia perdoadora em Cristo, os homens temem ao Senhor e à sua bondade; porque há perdão com ele para que ele possa ser temido; e não com um servil, mas com um temor infantil.
E tal conhecimento é prático, e ele é conhecido por ser reto, por ser assim: “nisto sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos” (I Jo 2.3), pois isto somente pode ser dito para ser “cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual”, em uma verdadeira forma espiritual e evangélica, quando o fim para o qual eles aspiram é, para “andar dignamente diante do Senhor de modo agradável “, isto é, para fazer a vontade de Deus, da maneira mais aceitável (Col 1.9,10), e um conhecimento que é obtido com aquelas graças e frutos de justiça pode ser chamado de conhecimento salvífico, isto é, a salvação é vinculada a ele e segue com ele, porque “esta é a vida eterna”, Jo 17.3.
Agora, este conhecimento de Deus pode ser considerado como se referindo às três pessoas divinas da Trindade, distintamente, Pai, Filho e Espírito Santo. Pois há uma comunhão que os crentes têm com cada pessoa divina, que surge a partir de seu conhecimento distinto das mesmas (I Jo 1.3; 2 Cor 13.14).
2a3a. Toda alma renovada tem conhecimento de Deus Pai. “Eu vos escrevo, filhinhos”, diz o apóstolo João (I Jo 2.13), “porque conheceis o Pai.”, o Pai de Cristo e seu Pai, em Cristo, porque aquele que é o Pai de Cristo é também Pai de vocês, embora não estejam na mesma classe de filiação com ele, “eu subo para meu Pai e vosso Pai” (Jo 20.17), e essa relação é dada a conhecer a eles, como as crianças são ensinadas a conhecer o seu pai, e isso os santos sabem pelo Espírito de adoção enviado a seus corações, que clama: Aba Pai, e testemunha aos seus espíritos que eles são filhos de Deus, e isso leva à comunhão com ele, e ao gozo de muitos privilégios com prazer.
Eles têm conhecimento do amor do Pai, que é concedido a eles, e está neles, e que aparece em sua eleição, no dom de Cristo para eles, e na sua adoção, e em outras bênçãos da graça, e isso é derramado em seus corações pelo Espírito, e eles são levados por ele para as alturas e profundidades e comprimentos e larguras do mesmo, pois eles são aquecidos e confortados por isto, e isto é uma fonte de alegria, paz e conforto para eles; e o conhecimento disto é a sua glória (Jer 9.23,24).
Eles têm também o conhecimento de Deus, o Pai, como tendo escolhido eles em Cristo, e lhes abençoado com todas as bênçãos espirituais nele; pois embora a sua eleição tenha sido feita antes da fundação do mundo, e tão secretamente como isto está em Cristo, embora isto possa ser conhecido por eles, “Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus”, como e por quais meios? pela influência poderosa do evangelho em seus corações, “porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder” (I Tes 1.4,5), eles têm conhecimento dele como seu pacto de Deus em Cristo, que lhes tem abençoado com todas as bênçãos da aliança, com as misericórdias de Davi, com a justificação pela justiça de Cristo, o perdão do pecado por causa dele, a reconciliação e a expiação, a adoção e todas as demais bênçãos; o conhecimento de tudo o que conduz seus corações em gratidão ao Pai de Cristo, no amor a ele, e louvor a ele (Ef 1.3,4).
Eles têm conhecimento dele como “em Cristo reconciliando consigo o mundo a si mesmo”, o planejamento do esquema de sua paz, a reconciliação e a expiação por Cristo, “não imputando aos homens as suas ofensas”.
Além disso, eles têm o conhecimento de Deus, o Pai, como tendo proclamado o seu nome em Cristo, como Deus “misericordioso e compassivo, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado”, como um Deus que é grandioso em perdoar, e que atrai suas almas para se ligarem a ele, e enchê-las com admiração e maravilha, de modo que eles dizem: “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniquidade?”, e isso levanta neles a maior gratidão e agradecimento a Deus: eles o invocam com suas almas, e tudo dentro deles “bendiz o seu santo nome, e não se esquece de seus benefícios, que perdoa todas as suas iniquidades” (Mq 7.18; Sl 103.1-3).
Eles o conhecem como “o Deus de toda graça, que os chamou para sua glória eterna em Cristo Jesus,” o seu Filho, isto é, aquele que é o autor e doador de todas as graças a eles, para que a sua fé não seja de si mesmos, pois é dom de Deus, para que a sua boa esperança, pela graça seja dele, e por isso ele é chamado o Deus da esperança, porque não é somente o objeto, mas o autor e doador da mesma; pela mesma razão que ele é chamado o Deus de amor, o Deus de paciência, etc, este conhecimento de Deus Pai leva a lidar com ele por novos suprimentos de graça, e ele fará toda a graça abundar para eles; o que os atrai para o trono da graça para buscar a graça e a sua misericórdia para ajudá-los em tempos de necessidade.
Texto de John Gill, em domínio público, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.