“Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar. Jesus, porém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado. Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita” Mateus 19:10-12
Muito se fala sobre sexualidade dentro da atual conjuntura das igrejas modernas. Há uma gama de temas que são abordados dentro do assunto “sexo”. Pornografia, masturbação, sexo antes do casamento, sexo dentro do casamento, entre outros.
Hoje vamos tratar sobre um assunto dentro desse tema, vamos falar sobre o CELIBATO.
Celibato é o ato de permanecer solteiro por motivos morais, religiosos ou de consciência. Refere-se tanto a homens como a mulheres. Celibato é a ausência de atividade sexual na vida de um indivíduo. Jesus, João Batista e Paulo foram alguns celibatários no novo testamento.
Lemos no texto de Mateus, Jesus afirmando que alguns indivíduos recebem o dom de se tornar “eunucos” – renunciar ao casamento – por causa do reino dos céus (Mt 19.11-12) e Paulo recomendou que as pessoas dessem preferência ao estado em que ele mesmo vivia (1 Co 7.8).
Alguns pontos sobre o celibato bíblico:
O celibato deve ser uma decisão pessoal, por amor e entrega ao reino de Deus (Mt 19.10-12.), não uma imposição de outrem ou uma ação meramente religiosa.
Paulo alerta sobre isso em I Tm 4.1-5:
Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado.
O Celibato nem sempre é uma opção pessoal, existe também o dom do celibato. Paulo nos diz em I Co 7.7,8
Quero que todos os homens sejam tais como também eu sou; no entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro. E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo.
O Celibato pode ser uma opção quando se busca maior santificação. Afastar-se de uma vida sexual ativa somente por afastar-se não tem proveito algum. É preciso que o celibatário tenha uma vida de muita santificação e aproximação à Deus. Não adianta uma pessoa optar pelo celibato e não conseguir se conter. Paulo diz que é melhor casar do que viver abrasado I Co 7.9
Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado.
Mas uma ressalva precisa ser feita: não busque o celibato por achar que o sexo é pecaminoso ou imundo. A bíblia aponta claramente para a valorização do casamento e da vida em família. (ver Mt 8.14; 1 Co 9.5; 1 Tm 3.1-3; Tt 1.6). O Sexo é uma criação de Deus com o propósito prover intimidade entre o casal. Não deve ser visto como mau olhar ou com rejeição.
Se alguém deseja ser celibatário, sente que tem um chamado de Deus para isto, sente-se capacitado por Deus para assumir essa posição, então que seja! Mas, definitivamente, não há qualquer grau de pecaminosidade no casamento e, especificamente, no ato sexual praticado pelo marido e a mulher.
Soli Deo Gloria