“Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” (João 3:4)
Diariamente ouvimos de muitas pessoas a afirmação de que a partir do momento em que decidiram servir a Jesus, nasceram de novo; tudo isso por acreditarem que esse novo nascimento acontece de maneira automática. Afirmar tal proeza é fácil, difícil mesmo é comprovar toda essa mudança, não porque a mesma não exista, mas pelo simples fato de alguns crerem que para nascer de novo não é necessário nenhum esforço, como se tudo acontecesse num passo de mágica.
O que é esse novo nascimento? Quando Cristo nos alerta da necessidade de nascer de novo, ele está nos orientando a transformar a nossa vida, de maneira que venhamos estar totalmente abertos para um novo aprendizado. Abertos para aquilo que ele tem a nos ensinar através da sua palavra. Nascer de novo significa esquecer tudo o que aprendi até aqui, e decidir viver uma nova história. Por que alguém se submeteria esquecer tudo o que viveu até aqui, a ponto de desejar viver uma nova história?
Isso não acontece com todos, mas sim com aqueles que em determinado momento da vida, chegaram à conclusão de que nada valeu à pena. O caminho trilhado não os levou a lugar algum e hoje, sofrem certos de que fracassaram. Nascer de novo é uma opção dada por Cristo, àqueles que querem recomeçar de maneira diferente. É o que podemos chamar de “ segunda chance.”
A palavra de Deus nos diz: “E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.” (Marcos 2:17)
Seria tudo tão perfeito, caso, os doentes assumissem a sua condição de paciente especial, ao invés de assumirem a condição de médico, que neste caso pertence a Cristo. Faz-se o compromisso de nascer de novo, no entanto, após compromisso firmado, não ouve as orientações de Cristo, acerca das etapas do novo nascimento. Sabe o que acontece com paciente que não aceita as orientações do médico? Indisciplinado, não toma a medicação recomendada, sem paciência, assina termo de responsabilidade para receber alta antes do prazo determinado, sai do hospital, certo de que está curado e começa sem experiência alguma a prescrever medicamento para todos aqueles, que encontra e que apresentam os mesmos sintomas, ao qual o mesmo foi acometido em momento anterior. Nós sabemos muito bem, que um mesmo sintoma, pode ser sinal de doenças completamente diferentes; precisamos estar atentos ao detalhe que, medicação sem prescrição médica é muito perigoso.
No final de tudo, o mesmo paciente, com sorte, volta ao hospital, outros infelizmente não conseguem outra chance. Imaginem aqueles que cruzaram o seu caminho e por eles foram medicados?
Um paciente, mesmo curado, não está apto a prescrever medicamento, imagine aquele que acha que já está curado? Infelizmente nos dias de hoje, as pessoas estão se esquecendo de indicar o médico dos médicos, como se o mesmo fosse dispensável. Devemos indicar o médico ao paciente, esperar que o mesmo seja por ele tratado. Após a liberação, podemos acompanhá-lo, ajudando-o a seguir as orientações do médico.
Infelizmente a pessoa vai ao hospital uma única vez e já quer sair doutor. O único problema é que doutor não se forma em hospital e sim em universidades.
O hospital é o primeiro lugar em que nós seres humanos, que almejamos nascer de novo passamos, sim, é lá que com auxilio do médico nascem os bebês. É preciso lembrar que bebê não nasce andando, muito menos falando. O médico manda pra casa, no entanto, o mesmo precisa de auxilio, apoio e cuidados especiais. Dando início ao processo gradativo do novo nascimento ao qual decidimos nos submeter.
Em outro momento aprenderemos as etapas do processo do novo nascimento.
Mônica Bastos