Era assim que eu costumava pensar antes da minha conversão a Cristo.
Pela montanha de pecados que havia em minha vida, e pelas densas trevas que cobriam a minha alma, julgava que essa coisa de ser santo era destinada por Deus senão para uns poucos que não fossem tão pecadores como eu.
Na verdade, esta é a forma de pensar de muitos, ainda que seja por outras formas de julgamento.
Alguns pensam que ser santo é coisa para quem tem vocação religiosa e que não está disposto a viver uma vida normal.
Por isso eu creio, assim como se deu no meu próprio caso, que sem a ajuda de Deus para iluminar o nosso entendimento e nos revelar o que é o verdadeiro caráter da santificação, jamais poderíamos alcançar por nós mesmos o seu real significado.
Essa palavra santo ficou carregada de muito preconceito e recebeu significados que em vez de nos incentivarem a sermos santos, podem gerar até mesmo uma certa repulsa a isto.
Mas se considerássemos que o próprio Deus é inteiramente santo, e que criou o primeiro homem santo e para crescer em santidade, tendo sido este o Seu propósito na criação, então podemos ver o quanto dependemos de ser santos para que possamos agradar a Deus e ter a vida eterna.
Deus afirma expressamente na Bíblia que sem santificação ninguém o verá, ninguém terá comunhão com ele eternamente; ao contrário será expulso de Sua presença para um lugar de tormentos eternos, depois da morte.
Deveríamos então, para o bem eterno de nossas almas, dar uma maior atenção e consideração ao assunto da santidade, e entender, pela conversão a Cristo, e pelo Espírito Santo, o que é realmente ser santo.
O que é a santificação evangélica, ou seja, a que é segundo a misericórdia, o perdão e a graça do evangelho de Cristo.
A santificação que trabalha em nós progressivamente para enfraquecer o princípio do pecado e fortalecer o da graça de Deus, pela qual somos tornados cada vez mais semelhantes a Cristo, pela aplicação da Palavra do Evangelho às nossas vidas.
Pr Silvio Dutra