Ninguém além de Jesus poderia ter a paciência necessária para suportar nossas falhas e pecados,
enquanto executa o Seu trabalho da nossa santificação.
Sem esta capacitação e paciência do Senhor, não seria possível tal trabalho porque falhamos em muitas coisas, e o pecado nos assedia sempre de muito perto.
Se nosso sumo sacerdote não contivesse sua ira contra o pecado, nós seríamos reduzidos a cinzas,
mas sua completa longanimidade não permite que haja excesso na Sua indignação contra as nossas fraquezas, de maneira que não somos rejeitados, se o temos por nosso sumo sacerdote.
Felizes são portanto, somente aqueles que estão debaixo do sumo sacerdócio de Jesus, por causa da união com Ele, por meio da fé.
Aqueles que não são dele, não podem contar com estes benefícios a que nos temos referido, senão somente com a Sua ira.
Entretanto, dentre todos que são ignorantes da vontade de Deus, sejam crentes ou descrentes, Jesus estende Sua misericórdia a eles, de maneira que não os desencorajará que venham a Ele para acharem graça em ocasião oportuna.
Deste modo, podemos estar certos de que sempre encontraremos graus diferentes de ignorância de Deus e da Sua vontade, mas podemos também estar certos de que Jesus terá compaixão
destes ignorantes, conforme é afirmado na Palavra.
Como ministros de Cristo, todos os pastores deveriam trazer sempre em memória a verdade relativa à compaixão de Cristo com a ignorância dos pecadores, para que sejam Seus imitadores,
porque o ministério deles é apenas uma extensão do próprio ministério de Cristo.
Nosso zelo exagerado pode não apagar a manifestação do Espírito Santo na Igreja, mas pode produzir muitas feridas naqueles que já se encontram feridos e necessitam não de serem mais feridos ainda, mas serem ajudados.