Jesus nos deixou o legado da Sua paz para que tivéssemos paz em toda e qualquer circunstância.
Haveria portanto, contradição em sua promessa caso tivesse profetizado as condições que reinarão no mundo próximo de sua vinda, com o propósito de alarmar os que lhe são fiéis.
Veja que no contexto mesmo de suas palavras proféticas ele disse o seguinte:
“E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.” (Mateus 24.6)
E diz, “Vede não vos assusteis”, em outras palavras, “não fiquem assustados, não se atemorizem, não percam a paz em face das coisas que estiverem ocorrendo no mundo, porque eu hei de lhes guardar perfeitamente, não permitindo que aqueles que me são fiéis tenham que enfrentar as condições de juízos terríveis que serão precipitados no período da Grande Tribulação, quando o Anticristo estiver governando o mundo.”
E isto porque ele fez a promessa de nos arrebatar antes da Grande Tribulação, de nos livrar das garras do Anticristo e dos juízos de Deus que serão despejados sobre a Terra naquela ocasião.
Os cristãos de Tessalônica, nos dias do apóstolo Paulo, estavam sofrendo grandes perseguições, e a maioria deles pensou, por uma compreensão incorreta do ensino que o apóstolo lhes havia dado anteriormente, que alguns fiéis haviam sido arrebatados em outras partes do mundo, e que eles estavam enfrentando os juízos de Deus que ocorrerão por ocasião da segunda vinda de Jesus.
Então ele lhes pediu em sua segunda epístola que se consolassem mutuamente com o fato de que de modo nenhum passariam pela Grande Tribulação, que se manifestará somente quando o Anticristo estiver governando as nações da Terra.
Foram suas palavras dirigidas a eles, e que se aplicam também a nós:
“ Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas? E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.” – 2 Tessalonicenses 2:1-8
Este consolo passado por Paulo à Igreja de Tessalônica se baseia na promessa feita pelo Senhor Jesus Cristo aos cristãos que lhe são fiéis:
“Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.” (Apocalipse 3.10)