O dia 10 deste mês foi memorável para o meio cristão e concretiza o que a Bíblia diz em Provérbios que os ricos enriquecem para abençoar os justos. Nunca poderíamos imaginar como Deus iria amolecer o coração da Rede Globo para promover um evento evangélico com a magnitude que será o Evento Festival Promessa 2011 . Mas, o que desejo destacar é a forte presença da liderança feminina nestes tempos. Aprouve a Deus, honrar as mulheres neste tempo onde o amor se esvai e a noiva de Cristo aparece com as vestes sujas precisando ser lavada pelo sangue do Cordeiro. Diversas são as lideranças eclesiásticas femininas, como a pastora Ludimila Ferber com palavras de coragem e ousadia, a pastora Ana Paula Valadão que não desistiu dos sonhos de Deus de transformar a Igreja Batista da Lagoinha como uma escola e referencial de evangelismo para o mundo, a pastora Fernanda Brum que prega em favelas que exalavam morte, a pastora Sarah Sheeva que atende mulheres despedaçadas emocionalmente por escolhas erradas, a senhora Ivelise de Oliveira e Marina de Oliveira que transformaram a empresa MK Publicitá um meio onde os cantores cristãos se projetam para o mundo levando o louvor onde o corpo físico não pode estar presente. E quantas outras mulheres, como a Flor de Lis e a própria Madre Tereza de Calcutá que nos constrange com o exemplo de amor ao próximo, de renunciar a si mesmo e levar a cruz de Cristo para que os necessitados tenham a oportunidade de serem felizes. Tais fatos demonstram que Deus não é preconceituoso e usa quem Ele quer da maneira que Lhe apraz.
Mas isso já havia no passado, podemos citar uma grande Preciosa do povo israelita: a juíza Débora que nasceu em tempos que o povo havia se corrompido e se afastado de Deus. Não havia reis e o povo vivia da maneira que o coração guiava. Nascida em Efraim e esposa de Lapidote, a Bíblia fala que foi levantada para cuidar das causas de Israel.
Sabemos que nos tempos antigos, os homens eram destacados em tudo que colocava a mão e os feitos das mulheres não poderiam ser evidenciados para que a autoridade masculina fosse respeitada. A mulher tinha como missão cuidar da casa, do marido, dos filhos e providenciar o sustento na ausência do marido em tempos de guerra. E apesar de muitos relatarem que a Bíblia e Deus são machistas, podemos ver a figura de uma mulher que fez a diferença.
Ser uma juíza em Israel não deveria ser muito fácil. Precisa romper com o preconceito da época por ser mulher, ministrar a ausência de casa, ter sabedoria nas decisões que mudariam a vida de pessoas. Os juízes foram levantados na época de Moisés quando seu sogro orientou que se levantassem ajudadores para aliviar a carga dele. Esta prática foi perpetuada como uma tradição e sendo assim, viviam guiados por estes juízes, que seriam como governadores nas questões de administrar a cidade e sociais, como também existiam os profetas e sacerdotes e ambos ditavam as normas e condutas criando esta cultura sem reis.
Bem, Débora era juíza e profetiza que sentava embaixo das palmeiras entre Ramá e Betel e o povo quando precisava de conselhos sabiam que ela estava neste lugar. Débora recebeu a tarefa de defender o povo do tirano Jabim – rei de Hazor e recebera a missão de chamar Baraque, comandante militar de Naftali, para liderar um exército contra Sísara – capitão das tropas de Jabim. Ela não embainhou a espada, mas foi à estrategista que deu todos os passos para Baraque ganhar a guerra. (Juízes capítulos 4 e 5)
O povo inimigo era muito numeroso e por isso, os israelitas queriam fugir, mas Débora não os deixava retornar e dava palavras de ordem que não desistissem da vitória porque Deus daria o escape. O papel de Débora foi imprescindível para que a coragem e a certeza da fé fossem as armas do povo de Israel. Deus mudou o tempo para que o povo inimigo fosse impedido de vencer e assim demonstrar para Israel que Ele era Deus.
Deus levanta as mulheres para cumprir Seus propósitos porque perante Ele todos somos filhos. Não importa o sexo e sim a atitude de coração associada à vontade de renunciar a si mesmo em prol do Reino de Deus. Levanta – se Preciosas para encorajar aqueles que perderam o objetivo da luta e não consegue lembrar que temos uma missão: ir e pregar o Evangelho para todo aquele que crê. O nosso inimigo aparece numeroso, atacando as mentes por meio de notícias que ofuscam a esperança, atacando nos lares ao tentar desfazer alianças entre marido e mulher, pais e filhos, desmerecendo o papel de cabeça dos homens, encucando conceitos feministas ou mesmo desacreditando a questão do casamento. Você nasceu para fazer a diferença nesta geração.
Sei que as lutas da vida e os desejos da carne nos fazem querer fugir da batalha, mas Deus levanta Preciosa para nos lembrar da missão e seguir em frente. Vamos orar juntas, jejuar, busca palavras de sabedoria e inteligência para traçar estratégias espirituais que resultem em ganharmos nossas casas para Cristo e avançar em busca do alvo.
Não sou feminista e amo a Palavra de Deus. Entendo que o papel de ser incentivadora e intercessora é o papel que Deus deu a cada uma das mulheres. Usar a inteligência é colocar a fé em ação com atitudes que promovem mudança nesta sociedade. Como diz no cântico de Débora :
Assim perecem todos os seus adversários! Aqueles que te amam sejam como o sol quando se levanta na sua força!
Lembre-se do chamado e deixa Deus te usar porque os campos estão prontos para a colheita e o Rei está voltando!
Liza Lima
Colunista do Ponto das Igrejas e Eu sou preciosa
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