Prv 6:6 Preguiçoso, observa bem as formigas e aprenda uma profunda lição com elas.
Prv 6:7 Elas não têm reis ou governadores para dar ordens
Prv 6:8 e no entanto, trabalham durante o verão, ajuntando comida para o inverno.
Cabe a formiga rainha a função de reprodução da colônia. A rainha pode viver até 18 anos.
Num formigueiro existe total organização, sendo que as tarefas são bem divididas entre as formigas.
Além da rainha, num formigueiro existem as sentinelas (segurança), operárias (fazem os túneis do formigueiro e buscam alimentos) e as enfermeiras (cuidam das larvas)
Já parou para pensar no que Salomão disse?
Se já, deve ter percebido pelo texto que as formigas são árduas trabalhadoras, que no tempo certo executam suas funções de forma exemplar… Não é só isso que se percebe no texto, mas também podemos ver certa independência no que diz respeito à execução de suas funções.
Pensando neste texto descobri algumas coisas interessantes e gostaria de refletir nelas juntamente com você…
Vejamos:
Salomão afirma que as formigas não têm “reis ou governadores para dar ordens”, veja que ele diz “para dar ordens”, ele não afirmou não ter hierarquia em um formigueiro, não disse não haver de forma a não existir uma “Rainha”, ele afirma não haver “quem dê ordens”. Nessa fala de Salomão fica claro que elas sabiam o que era preciso fazer, e mais ainda sabiam como fazer, de forma até instintiva, não havia quem as orientassem, já que aqueles que orientam outros são vistos como superiores e conseqüentemente “aquele que dá ordens”.
Com isso em mente vamos analisar nossas vidas: Muitas vezes nós sabemos o que é preciso fazer, mas não temos á famosa “iniciativa”, o que ocorre conosco é a necessidade de um impulso… De uma ordem… O simples saber que é preciso fazer não resolve é preciso uma doze de intervenção, impulso, necessidade além da comum para que nós possamos-nos “mexer”, isso acontece com todos nós, muitos são por natureza, mais ativos, só que isso não os liberta desse “vício” do impulso externo (ordem). O que ocorre conosco? Porque temos essa dependência desmedida? Porque não conseguimos executar nossas funções como sabemos que devemos? A resposta não é tão simples, na verdade existem grandes variáveis para se chegar a um denominador comum, mas a questão principal é a falta de comunhão uns com os outros. Estou me referindo à comunhão no sentido de: “O ato, ou a condição de compartilhar das mesmas idéias, valores, sentimentos”. Você deve dizer espere ai nós somos um grupo seleto que compartilha da mesma FÉ, (Cremos em Cristo Jesus) muito bem só que isso não é suficiente para que a igreja seja organizada de forma a cada um desempenhar sua função em condições livres… Sem a necessidade de uma interferência, veja que apesar de termos uma mesma fé, não pensamos da mesma forma, somos diferentes e isso é obra do Criador, Deus quer que nós sendo diferentes sejamos um, veja o que Paulo diz em 1Cr 12.12, a “diversidade forma um todo”, veja que mesmo com relação ao formigueiro existe diferença, as funções são diferentes já que vimos anteriormente que existem as sentinelas, as operárias, as enfermeiras, a rainha etc. Percebeu que há sim uma diversidade, mas o que me intriga é sua organização, o formigueiro é considerado “altamente organizado”, voltando a Paulo em coríntios vemos ele em sua fala demonstrar para a igreja que mesmo sendo todos diferentes ainda assim juntos formam um só corpo, e afirmo que um corpo funciona bem se todos os membros cooperarem, se houver um sentimento de superioridade ou sentimento de inferioridade não vai haver cooperação, se houver um sentimento de igualdade no sentido de necessidade haverá sim cooperação.
Veja o seguinte, as formigas “operarias” são as que buscam alimento para todo o formigueiro, sem elas não haveria um formigueiro já que são elas mesmas quem os constroem, mas do adianta haver um formigueiro se qualquer um (inimigos naturais) pode destruir a qualquer momento? Ai entra as sentinelas são elas que guardam a segurança e integridade do formigueiro, a rainha é a Mãe, sem ela não haveria as operárias e nem as sentinelas do formigueiro, e sem as operárias não haveria como existir a rainha, pois ela é frágil e morreria logo, e mesmo assim a rainha também precisa do macho “alado” para poder copular e gerar ovos, e as larvas não nasceriam sem as enfermeiras… Percebeu que a independência das formigas é apenas na realização de suas funções, pois cada uma sabe que precisa da outra e isso é uma relação de comunhão (Necessidade).
Quando se fala de viver em comunhão com os irmãos, é exatamente isso, não haverá igreja sem ter membros, não haverá porteiro sem membros, não haverá missionário sem membros, não haverá pastor sem membros, não haverá comunhão sem membros, não haverá corpo sem os membros, um corpo só é corpo porque tem membros e esses membros sem cooperação não formam um corpo em perfeito funcionamento.
Assim a formiga exerce suas funções não apenas por causas delas, mas por causa das suas companheiras. Assim somos nós exercemos nossas funções como servos de Cristo e instrumento de Deus para a salvação de muitas vidas, não apenas da nossa, mas a de muitos.
No verso 8 de Provérbios 6 esta afirmando que as formigas trabalham durante o verão e no inverno se recolhem, veja que interessante, Jesus afirmou em João 11. 9-10 que é preciso andar enquanto é dia, Jesus não se referia apenas as coisas comuns, Ele fala se referindo que virá tempo em que não se poderá fazer mais nada, o dia de sua volta dará fim a toda obra debaixo dos céus, assim Salomão também fala usando as estações, durante o verão elas trabalham, mas durante o inverno se recolhem em suas casas… É preciso correr a fazermos a vontade de Cristo anunciando o santo evangélico enquanto é tempo, pois virá o momento em que não terá mais como o fazer, mas tem um detalhe importante que não podemos esquecer “A UNIÃO”, a mesma que proporciona admiração nos pesquisadores da sociedade de um formigueiro, somos como as formigas, somos diferentes uns dos outros, mas formamos um mesmo formigueiro, somos na verdade um só corpo em Cristo. Vivamos como Ele mesmo pediu ao Pai em sua oração sacerdotal marrada em João 17, com uma união tal que o mundo vai ter que se admirar e dizer que Jesus nosso Senhor é verdadeiramente o Filho enviado de Deus para a salvação de todo o que nele Crê… Afinal qualquer reino dividido contra si não prosperará, mas virá a ruína… Sejamos sábios imitemos as formiguinhas.
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