Na área jurídica, acordos são feitos mediante lavratura de documentos em cartório, selados e subscritos pelas partes interessadas, e no caso da quebra de acordo, as penas são aplicadas segundo o que foi pré-estabelecido entre as partes.
No transcorrer de uma cerimônia de casamento o “sim” diante de uma autoridade judicial e perante testemunhas, tem um valor de vital importância, pois envolve todas as circunstâncias de uma vida, duas vidas, e vidas paralelas.
Porém, se às vezes, por imaturidade, ou talvez, irresponsabilidade, uma das partes não reconhece o valor desse “sim” diante de autoridades e testemunhas, e acima de tudo, diante de um Deus justo que jamais falha em seus acordos, inevitavelmente sofrerá pelo seu ato as penas, e, infelizmente, todos os envolvidos serão de alguma maneira afetados por essa quebra de acordo.
Mas, para nós, que cremos no Deus vivo de Israel, existe a segurança incomparável da aliança que Deus faz com seus filhos, porque além de ser lavrada com o sangue de Jesus Cristo, é selada pelo Espírito Santo, gravada em cartas vivas por um Deus fiel, que vela pela sua Palavra para fazê-la cumprir.
A aliança que Deus faz com os homens, aqueles que reconhecem sua autoridade e soberania, e que se submetem às suas leis imutáveis, tem vigência eterna, ultrapassa gerações e tem a sua plenitude na Cidade Santa, no Reino de Justiça e Paz, no Reino de Deus.
Os filhos que fizeram aliança com o grande Deus Todo Poderoso, peregrinam tranqüilos na Terra, confiantes que todas as promessas, absolutamente todas, registradas nas Sagradas Escrituras serão cumpridas dia após dia, basta tão somente que estejamos atentos e obedientes para o cumprimento de cada acordo, visto que a aliança que nosso Deus Justo e Fiel faz com cada um de seus filhos, é indestrutível, inabalável e eterna.
O primeiro termo dessa aliança diz respeito à salvação individual, por intermédio do sangue regenerador de Nosso Senhor Jesus Cristo, que produz nos filhos de Deus imediata paz que transcende todo o entendimento humano.
Em Eclesiastes, Capítulo 4, versículo 12, o Senhor Deus nos fala das alianças humanas onde Jesus Cristo é a parte central e diretriz de todos os atos desse acordo:
“E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”. Eclesiastes 4.12
Certa vez, me emocionei vendo um casal de idosos, que devia ter mais de setenta anos cada um. Estavam unidos de tal maneira, que um parecia sustentar o outro. A cena me fez refletir que o casamento não é somente uma união de corpos; vai além disso, são seres que permutam entre si, força e fraqueza, medo e coragem, fé e descrença, e quando se chega ao equilíbrio, pode-se concluir que tal casamento deu certo.
Quando a Bíblia menciona sobre o cordão de três dobras, ilustra igualmente, o casal que decidiu por Jesus em suas vidas, e sendo três, ninguém terá força para derrotá-los, e ainda que alguém intente contra um, o outro, unido a Jesus, terá como resistir o inimigo.
Aos casados: reconheçam a autoridade de Jesus Cristo em seu relacionamento conjugal e nada poderá resistir ao cordão de três dobras reforçado diariamente pelas vidas que se submetem à direção das Escrituras Sagradas.
Aos solteiros que pretendem se casar e constituir famílias, não se apressem, aprendam com diligência a resistir às tentações e confiar que no tempo determinado por Deus, Ele vai cumprir o que lhe tem reservado para seu propósito debaixo do céu.
Aos cativos: separados ou divorciados, permaneçamos confiantes no tempo da libertação, cujo termo de alforria já foi decretado nos céus, e esperemos consolados abundantemente pelo Espírito Santo, na vitória que nos foi alcançada pelo sangue de Jesus Cristo, derramado na Cruz do Calvário, porque um dos termos da Aliança com Deus, nos garante que em Cristo Jesus (não importam as circunstâncias), somos mais que vitoriosos.
Por Rosemary Carneiro da Silva
Fonte: Estudos Gospel