Cristo é a chave para a perfeição
Antes que o centurião Cornélio se convertesse, Deus havia se agradado do seu comportamento em relação ao seu povo, e quanto ao seu interesse de conhecê-Lo, demonstrado nas ofertas que levava ao templo, todavia, não poderia ser salvo por tais obras, e para tanto, foi orientado a receber o apóstolo Pedro em Sua casa para que ouvindo o evangelho pudesse crer em Cristo e ser salvo.
Em várias passagens do Velho Testamento vemos o Senhor, declarando e chamando os homens a praticarem o que era justo, e a guardarem os seus mandamentos.
Isto demonstra que eles eram capazes, todos eles, de atenderem à Sua ordenança, senão, de outro modo, nunca lhes teria ordenado tal coisa.
Então havia esta justiça decorrente do Pacto de Obras que Deus havia feito com Israel, mas esta justiça que era pregada pelos escribas e fariseus, os religiosos de Israel, nosso Senhor Jesus Cristo afirmou ser insuficiente e inapta para dar a alguém o acesso ao Reino dos céus.
Por que isto?
Não é difícil de entender.
Primeiro que o céu é um lugar de absoluta perfeição, porque todos os seus habitantes são também perfeitos.
Perfeitos em santidade, perfeitos moralmente, perfeitos em tudo.
E é notório que tal perfeição não existe em nenhum descendente de Adão, por causa do pecado, por causa da natureza pecaminosa que há em toda e qualquer pessoa.
Isto demandou, da parte do Senhor, para se prover de filhos perfeitos para o céu, semelhantes a Cristo, que tal natureza fosse crucificada, demolida, despojada, para que em seu lugar, regesse uma nova natureza criada por Deus, provinda dos altos céus, operada pelo Espírito Santo, gerando um novo nascimento naqueles que haverão de herdar o céu.
É isto o que significa a expressão proferida por nosso Senhor “que a carne para nada aproveita”, ou seja, a natureza terrena caída no pecado, não pode atender ao propósito de Deus para o homem. Ao contrárioa, ela se opõe a ele.
E do mesmo modo, “quando diz que é o espírito que vivifica”, o significado aqui, é o de que a vida eterna é gerada pelo Espírito Santo, fazendo que com que o crente tenha uma nova vida espiritual, que é apta para cumprir o propósito eterno de Deus.
Daí o apóstolo Paulo afirmar em Gálatas 5, que os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões, ou seja, eles tiveram a sua antiga natureza decaída no pecado, condenada por Deus a ser crucificada juntamente com Cristo, para que eles possam viver como seus filhos amados em novidade de vida.
Do mesmo modo é afirmado em Romanos que os que são de Cristo, não estão mais na carne, mas no Espírito, ou seja, eles não estão mais debaixo do governo absoluto de tal natureza caída que foi crucificada, mas debaixo da influência do Espírito Santo.
Daí a ordenança do Senhor para os crentes que sejam perfeitos assim como Deus é perfeito.
E do apóstolo Paulo, que sejam imitadores de Deus como filhos amados.
Porque tendo vencido a carne, a natureza terrena decaída no pecado, pela fé em Cristo, podem agora se enveredar pelo caminho da perfeição através da santificação do Espírito Santo, até que sejam achados na glória celestial em perfeição absoluta, conforme lhes será concedido pelo Senhor.
Pr Silvio Dutra