Quando a Bíblia afirma que não há uma única pessoa justa diante de Deus, o que se quer ensinar é que todos se encontram naturalmente, sem Cristo, na condição de inimigos de Deus. Uma vez que o Criador é perfeitamente justo. Daí se dizer que somos reconciliados com Deus, que temos paz com Deus, por meio do sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo.
O principal ponto em que a quase totalidade da humanidade denota não estar conformada à justiça divina, se demonstra na falta da adoração e culto que são devidos ao Senhor. Ele o fixou nos Dez Mandamentos, quando afirmou não somente que não deveríamos ter outros deuses diante dEle, como também, deveríamos separar ao menos um dia em cada sete, para adorá-lo, conforme as normas fixadas por Ele para a citada adoração.
São poucos os que negligenciam este primeiro e principal dever de toda pessoa?
Para nossa advertência as Escrituras estão repletas de juízos de Deus contra as negligências e corrupções do dever da adoração, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Todavia, muitos se consideram justos diante de Deus porque pensam que Ele requer tão somente procedimento moral correto em relação ao próximo.
Isto é uma grande ilusão, porque, nada podemos conhecer verdadeiramente acerca de Deus sem que tenhamos a Cristo, porque é nEle que reside toda a plenitude da revelação da pessoa, da vontade, e da justiça divinas. Como saberíamos o que é a justiça perfeita divina sem Cristo? Por isso foi justo, da parte de Deus, que Cristo nos fosse dado, porque fomos criados não somente para alcançar o referido conhecimento, mas para sermos verdadeiramente justos, segundo tudo aquilo que se encontra na natureza da divindade. Assim se afirma repetidamente nas Escrituras que Cristo é a nossa justiça, e dessa justiça deram testemunho os profetas, especialmente Isaías, quanto ao modo e a ocasião da sua manifestação ao mundo.
Concluímos portanto que Cristo não nos foi dado somente como expiação pelos nossos pecados, mas para nos fazer participantes da sua vida divina, e tudo isto, em atendimento à demanda da justiça de Deus.