Em algum momento de nossas vidas, por algum motivo ou por outro, nos atrasamos para um compromisso, isso é inevitável. Entretanto há pessoas que fazem do atraso seu contexto de vida, essas são conhecidas como os retardatários, tratam-se de indivíduos que nunca cumprem horários e que estão sempre atrasados em seus compromissos, para tais o atraso já não é mais um lapso, mas sim um terrível hábito rotineiro.
Nas igrejas de um modo geral, os cultos sempre começam atrasados e quando ocorre o “milagre” de se iniciar no horário estabelecido, é com um grupo reduzido de pessoas, sem mencionar o lamentável fato de alguns irmãos que só chegam cedo quando estão participando da programação do culto, caso contrário como é de práxis, chegam atrasados. O mais inadmissível é quando essa praga chega atingir até mesmo a liderança, de onde esperamos os maiores exemplos, por se tratar de autoridades escolhidas por Deus para serem exemplos irrepreensíveis aos fieis.
Chegar no horário previsto aos cultos e reuniões, é mais que uma demonstração de interesse, responsabilidade, respeito e consideração é também uma verdadeira expressão de adoração, por se tratar de uma reverência prestada a uma autoridade suprema. Se o atraso em uma audiência é uma ofensa ao juiz, e o atraso em uma consulta marcada é uma ofensa ao médico, a quem ofendemos quando nos atrasamos em nossos compromissos concernentes ao reino? Bem sabemos que em determinados ambientes o atraso é motivo de severas punições, caso não se apresente a devida justificativa. No trabalho existem descontos salariais, no quartel até os mais graduados são punidos por reincidência de atraso, em um julgamento no fórum o atraso pode redundar em perda da causa por revelia ou outras punições previstas nos códigos disciplinares. E não adianta viver a culpar o tempo por meio de álibis infundados, pois até mesmo o tempo é uma questão de preferência e a maneira pela qual lidamos com o mesmo sempre revela nossas aspirações, valores e prioridades.
Não existem subterfúgios convincentes, nem pretextos condizentes que justifiquem os excessos de atrasos aos compromissos. O atraso a qualquer programação revela o nosso nível de interesse pelo mesmo e dependendo da situação, torna-se uma tamanha falta de educação que prejudica não só um indivíduo como toda uma equipe, pelos seguintes motivos:
Apresenta descaso para com o assunto, motivo ou líder da reunião;
É uma falta de respeito para com quem chegou pontualmente;
É um péssimo exemplo sendo dado aos demais;
Torna a reunião mais longa e improdutiva;
Desmotiva a equipe e compromete o objetivo e a eficácia da reunião;
Desatualiza o indivíduo das informações anteriormente transmitidas.
Não há desculpas plausíveis para os atrasos, quando queremos de fato algo, sempre impressionamos com antecedência nos horários marcados, é sempre assim, no primeiro encontro com a pessoa amada, nas entrevistas para o emprego, nos primeiros dias de trabalho, em uma reunião de negócios ou com alguém importante. Será que Deus não quer que venhamos honrá-los da mesma forma, ou a rotina desgastou o desejo de sermos os primeiros a adentramos em Sua presença quer seja no templo ou em nossas reuniões convencionais.
Pr. Sidney O. Ferreira
Sidney.osvaldo@hotmail