Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades. – Salmos 103.10.
Podemos resumir todo o Evangelho dizendo que “Deus não nos trata segundo as nossas iniquidades, nem nos paga segundo os nossos pecados, mas sim, trata-nos conforme os méritos de seu Filho”.
Mas houve um momento na história em que Deus tratou uma pessoa conforme ao que nós merecíamos por nossos pecados. “Aquele que não conheceu pecado, (Deus) o fez pecado por nós… Mas Ele (Jesus Cristo) foi ferido por nossas transgressões e moído por nossos pecados… o Senhor o carregou com todos os nossos pecados… Deus assim estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não tomando em conta o pecado dos homens…”. Assim agiu e continua agindo o Juiz Supremo conosco: Deus faz com que onde abunda o pecado superabunde sua graça.
Contudo, para nada serve a graça de Deus às pessoas ou ao povo que deseja possuir uma relação “toma lá da cá” com Ele, ou seja, que Deus faça com eles segundo as suas boas obras e lhes retribua conforme a seus pecados. “Ora, àquele que faz qualquer obra, não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida” (Rm 4.4).
O Evangelho nos põe debaixo da graça que assim se descreve: “Mas, àquele que não pratica, porem crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm 4.5).
Em síntese, todo o Evangelho pode se resumido dizendo que Deus não nos trata segundo os nossos pecados, mas sim, segundo a sua graça em Cristo Jesus. Mas todo o mundo, incluindo os crentes, tem por natureza a idéia de que Deus terá mais misericórdia daquele que peque menos. Mas, “Se a justiça provém da lei (das obras), segue-se que Cristo morreu debalde” (em vão) (Gl 2.21).
Oh Amado Deus e Pai, guarda-nos para que vivamos espiritualmente bem despertos e ativos. Que nos ocupemos da tua palavra com alegria e te sirvamos com responsabilidade. Amém.
C.O.Rosenius (1816-1868) Novo Dia – Trad. Sóstenes Ferreira da Silva