A salvação da alma, como tudo o mais em nossa vida, possui também a sua porta de entrada.
Esta porta é única, eterna e insubstituível.
Corremos portanto, um sério risco em nos darmos por satisfeitos com alguma porta religiosa, filosófica, ou qualquer outra que tenhamos escolhido como porta para a nossa salvação, e no fim da nossa vida, quando esta for aberta, não nos conduzir para o céu, para o nirvana, ou para outras condições agradáveis em relação ao destino eterno do nosso espírito, uma vez que este tiver deixado o nosso corpo pela morte.
Ora, é bem patente que se fosse deixado por Deus, que por nossa própria escolha, viéssemos a adotar o modo de vida ou pensamento que nos conduzirá ao céu, é bem certo que todos nós nos perderíamos, porque, afinal, Deus é espírito invisível, e seus caminhos não são os nossos caminhos e nem os seus pensamentos os nossos pensamentos.
Se no próprio mundo físico em que vivemos e apalpamos pelo nosso tato, e vemos com os nossos olhos, muitas coisas permanecem encobertas ao nosso conhecimento e entendimento, quanto mais isto não é verdadeiro de modo absoluto quanto ao que se refere ao mundo espiritual, celestial e invisível.
Por isso, Deus, em Sua infinita bondade e misericórdia para conosco, não nos deixou sem a sua ajuda e direção para nos levar à porta que se abre para o cominho da salvação, do céu, da vida eterna.
Ele não somente nos Deus o Senhor Jesus Cristo para morrer no nosso lugar, pagando o preço exigido pela Sua justiça quanto aos nossos pecados, como também nos atrai para Ele, revelando a Sua pessoa divina, para que pelo poder da Sua graça, possa não somente desvendar os nossos olhos para o mundo espiritual verdadeiramente santo e celestial, como também operar a transformação de nossas vidas, segundo o caráter e virtudes que foram por Ele descritas na Sua Palavra que foi revelada a nós para confirmar o Seu propósito eterno relativo ao modo da nossa salvação.
Assim, as Escrituras não contêm apenas mandamentos de Deus, mas também descrevem as características que passam a existir nas vidas dos que são salvos, pela Sua graça e mediante o arrependimento e fé em Jesus.
Elas, portanto, confirmam se estamos ou não entrando pela única porta e caminho que conduz à salvação, a saber, a pessoa do próprio Senhor Jesus Cristo, que passa a viver em nós em espírito.
É sobretudo neste sentido que Jesus afirma que não fomos nós que o escolhemos, mas Ele que nos escolheu. Não meramente num sentido eletivo, mas revelador, diretivo, instrutivo, operativo, porque se não fosse pelo Seu trabalho de nos trazer para a porta e caminho da salvação, jamais conheceríamos aquela vida espiritual, celestial e divina, que é comum a todos que dela têm participado pela fé nEle.
Então, não é pela escolha que faço de uma determinada filosofia de vida ou de religião, que posso estar seguro de ir para o céu, ou de estar vivendo do modo que seja agradável a Deus.
Não nos foi dado por Deus escolher o modo de vida que me conduzirá à Sua presença, em espírito, pois este caminho já foi estabelecido por Ele desde antes da fundação do mundo, e não há outros caminhos que possam conduzir ao mesmo objetivo.
Posso orar, louvar, ler a Bíblia, ser caridoso, frequentar os cultos de uma igreja, e ainda assim estar fora do caminho, porque posso fazer tudo isto sem ter tido um encontro pessoal com Cristo, e por conseguinte, não ter sido regenerado e santificado pelo Espírito Santo, que é quem testifica com o nosso espírito que fomos tornados filhos de Deus pela nossa comunhão com Jesus Cristo.
João 15:16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
João 15:19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.