Após participarem de um dos mais fortes milagres de Jesus (a multiplicação de pães e peixes) os discípulos recebem a ordem de “passar para o outro lado” (vs 19-22) e seguir a diante. Hoje o Senhor nos traz uma visão particular sobre esse texto. Somos discípulos de Jesus. Nós O seguimos e O servimos. Fomos escolhidos por Ele para sermos usados de alguma maneira, produzindo um fruto especial (Jo 15:16). Um fruto permanente, ou seja, não podemos estacionar a vida na lembrança de um bom momento passado. Nossa árvore não pode cessar de dar frutos. Há mais de Deus para recebermos Dele e mais de nós para darmos a Ele!
No v 24 lemos que o barco estava longe e um vento contrário fazia ele ser açoitado pelas ondas. Prosseguir é difícil. Tanto que Bíblia está cheia de incentivos à perseverança (Lc 8:15, 21:19, Rm 2:7, Ef 6:18 e Cl 1:11). Quantas vezes vivemos a mesma situação dos discípulos: mesmo obedecendo a Deus e fazendo Sua vontade, nossa vida é açoitada pelas ondas geradas por ventos contrários. As dificuldades nos sufocam e a sensação é de cansaço. Alma dolorida por causa dos açoites.
Veja como Deus sabe o que precisamos antes que clamemos (Mt 6:8). Na hora da tormenta, Jesus saiu de onde estava (v 23) e foi espontaneamente ao encontro deles andando sobre as águas (v 25). Jesus é o socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46:1)! Mas qual foi a reação deles? Pavor! Porque aos olhos deles parecia ser um fantasma. Isso me lembra a estória de um homem que estava se afogando. Veio um barco salva vidas, um helicóptero de resgate e ele não quis nenhum dos dois alegando que Jesus o salvaria. Ele morreu. Ao se encontrar Jesus reclamou não ter sido ajudado quando mais precisou. E Jesus lhe respondeu: enviei um barco e um helicóptero e não quisestes.
O importante é ser salvo, seja qual for o resgate enviado pelo Senhor. Mas nossa carne além da vitória quer escolher a maneira como ela vai se apresentar a nós.
Eu creio que Deus não deseja que sejamos um piloto automático na fé. Não se trata de sorrir para o fantasma. Tem coisas que realmente não podemos compreender sozinhos. Mas é buscar a revelação no Senhor. Pedro fez isso. Jesus disse: “Sou eu”. Pedro respondeu: “Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas” (v 27 e 28). Entende? Eu até posso me assustar, mas devo clamar: “Senhor, se tens propósito nessa dor, se o meu socorro está diante dos meus olhos e eu não consigo enxergar, dá-me condições de sobreviver e caminhar acima das tormentas!”
Pedro teve resposta imediata: “E ele disse: Vem! E Pedro… andou por sobre as águas e foi ter com Jesus”. Quando vamos, frutificamos e permanecemos, tudo que pedimos nos é concedido (Jo 15:16).
Vamos ousar andar sobre as águas! Seguir o destino traçado por Deus, protegidos por Ele de toda ventania. Nele sempre poderemos de andar sem parar.
Quem firma os nossos passos não é a dureza do chão, mas a Palavra de vitória do Autor da vida que nos estende Suas mãos.
Carinhosamente em Cristo,
Thais Monteiro Brum
Líder de Louvor e Adoração na Igreja Metodista em São Pedro de Alcântara – Pádua/RJ
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