Me gabo por presumir ser um homem de palavra e das palavras, mas, cada vez mais careço do silêncio. De não falar tudo o que vem na cabeça, de esperar um pouco mais para falar e chegar ao ponto de sabiamente desistir das palavras e me agarrar ao silêncio.
Na batalha da existência, nosso ego milita contra o silêncio. Porque, afinal, se ficarmos em silêncio ninguém saberá o que vai dentro de nós, sairemos como fracassados e com a sensação de que poderíamos ter humilhado a quem nos perturba. Tudo conversa!
O Facebook e demais redes sociais nos dão a falsa sensação de que as nossas palavras finalmente estão sendo compreendidas. Mentira. Nossas palavras estão nos enfraquecendo. Esquecemos de fazer uma refeição em silêncio, estar com alguém e “só” com esse alguém porque de alguma maneira precisamos “publicar” o que estamos fazendo. Tornou-se palavra de ordem. Aceleramos sem saber frear.
Falta-nos um pouco de silêncio. Saber esperar. Comemorar as palavras que não foram ditas e apagaram o incêndio. Reforçar a Fé de que Ele sabe que nós somos e isso ser o bastante.
O silêncio vai nos levar a ouvir o que o Mestre tem a nos dizer. As palavras estarão por perto para tentar trair a excelência da Voz do Altíssimo que se revela nos códigos secretos que a intimidade com Ele promove.
Olhe nos olhos sem amargura e transmitindo Esperança. Abrace. Beije. Diminuam-se as palavras, fiquemos mais em silêncio.
Silencie e tenha Paz
Ele está no templo do seu coração
André Luiz