Quando sabemos que a mensagem de amor do evangelho nos coloca diante de uma decisão que se refere à morte ou à vida – morte no caso de desobediência, e vida no caso de obediência a Deus – poderíamos chamar propriamente de “amor” a atitude de concordarmos com tudo o que há, quer no nosso comportamento, quer no de outros, com a finalidade de sermos sempre agradáveis a nós e a eles, por não causar o desprazer que poderia ser produzido por exortações, atos de disciplina e repreensões?
Quem dera nos fosse possível ser sempre gentis e agradáveis em todo o tempo e para com todos, mas isto seria uma traição a Cristo e ao próprio bem estar eterno das almas do nosso próximo, caso sempre o fizéssemos, especialmente nos casos de um viver desordenado que seja contrário ao que a própria natureza racional demanda.
Não é sem motivo que o amor verdadeiro corrija e disciplina aos que amamos, conforme faz o próprio Deus.
“…porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais ( Deus vos trata como filhos ); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos.” – Hebreus 12:6-8
“Apo 3:19 – Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.”
Caso fizéssemos vista grossa para os erros e faltas em nós e ao nosso redor, não estaríamos com isso contribuindo para um maior juízo da parte de Deus naquele dia em que há de se levantar para julgar até mesmo cada palavra ociosa?
Poderíamos então chamar a isto de um comportamento motivado pelo amor?