Abandonar a graça de Cristo e tentar ser aperfeiçoado pelo próprio esforço em cumprir a Lei, é na verdade um esforço para aperfeiçoar o velho homem, que não pode de maneira alguma agradar ou fazer a vontade de Deus, porque a carne não está sujeita nem a Deus, nem à sua lei.
Trata-se portanto de um engodo, de uma farsa espiritual, tentar fazer a vontade de Deus sem estar sujeito ao trabalho do Espírito Santo. Mas quão grande dificuldade os crentes têm para entender e aceitar isto, porque haviam ficado tardios em ouvir tais verdades relativas a Cristo.
Há coisas relativas ao verdadeiro evangelho que não bastam serem ensinadas apenas uma única vez, porque poderão vir a ser negligenciadas. Daí ser necessário que estas verdades sejam sempre repetidas e ensinadas para que jamais nos desviemos delas, porque elas configuram a vontade de Deus para nós na presente dispensação da graça.
E o ensino por si só não pode responder para se atingir o propósito de Deus, porque necessitamos do trabalho da graça do nosso grande Sumo Sacerdote, para que a sua justiça e verdade sejam implantadas e aumentadas em nossa nova natureza recebida pela fé nEle.
Cristo é o Arão dos crentes, porque somente aqueles que são adotados como filhos de Deus por causa da união deles com Cristo, são também contado como sacerdotes de Deus. Se Cristo foi chamado pelo Pai para ser sumo sacerdote, então aqueles que estão associados a ele são também sacerdotes, e devem cumprir o seu ofício em favor de todos os homens.
Caso não houvesse pecado, não haveria necessidade de um sumo sacerdote.
A Lei ensinava isto em figura com o sumo sacerdócio araônico, só que aqueles estavam rodeados de fraquezas e ofereciam dons e intercessões por si mesmos, mas tal não é o caso de Cristo que não tem nenhuma fraqueza ou pecado.
Pr Silvio Dutra