Depois de purificado pelo sangue de Jesus, na conversão, o crente permanece no mundo, apesar de não pertencer mais ao mundo.
A manutenção e aumento desta purificação produzida pela conversão não significa portanto que o crente deve deixar o mundo e viver em reclusão, pois importa dar testemunho de Cristo a toda criatura e em todos os lugares.
Não é o contato com o que é exterior que contamina o crente mas o que sai do seu próprio coração. De maneira que é o coração que deve ser mantido puro; pela edificação de uma consciência e um caráter puros, ou seja, que não sejam dominados pelo pecado, mas pela graça de Deus.
Tão importante e vital é a nossa purificação do pecado, que a Lei de Moisés está repleta de mandamentos de Deus cerimoniais e figurativos da grande purificação realizada pelo sangue de Jesus; sobretudo nos diversos tipos de sacrifícios ordenados e na distinção de coisas limpas e imundas.
O alvo era o de que ficasse gravado na mente e no coração dos ofertantes e executores dos atos de purificação cerimonial a necessidade de se estar puro para que se pudesse ter aceitação da parte de Deus, e ter comunhão com Ele.
Mesmo depois de ter sido lavado pela Palavra e pelo sangue do Senhor, o crente necessita se purificar continuamente dos resquícios do pecado que permanecem na carne; através da confissão e do arrependimento.
Quando se esquece desta necessidade de purificação contínua, tudo o mais na vida espiritual fica seriamente comprometido e detido.
Daí se afirmar que devemos guardar puro o nosso coração porque é dele que procedem as fontes da vida eterna e celestial.
Quando a consciência e o coração nos condenam, quanto a não estarmos santificados diante dos homens e do Senhor, nossas orações ficam impedidas, e toda a nossa religião torna-se sem significado e sentido.
Pr Silvio Dutra