A infidelidade dos judeus descrita no capitulo anterior, não poderia anular a fidelidade de Deus, que é afirmada por Ele no capítulo oitavo de Zacarias.
Ele havia determinado fazer bem a Judá e a Jerusalém, e o faria, por causa do Seu grande zelo (Zac 8.2).
De desolada que se encontrava, ainda com seus muros destruídos, e as portas da cidade queimadas, e com o templo em fase de reconstrução, Deus prometeu tornar a engrandecer Jerusalém, e isto seria feito, como sabemos, nos dias de Esdras e de Neemias; que viriam para Judá, respectivamente, em 458 e 444 a. C., ou seja, cerca de 60 anos após Zacarias.
Jerusalém é descrita repleta de anciãos sentados nas praças da cidade, e com meninos e meninas brincando em suas ruas (v. 3 a 5).
Deus o faria pela força do Seu braço, trazendo o seu povo de volta das terras para onde haviam sido espalhados.
Vale lembrar que nos dias de Esdras, subiram com ele a Jerusalém 1.496 cabeças de várias famílias de Israel, do sexo masculino, sem contar o número de mulheres e crianças.
Então aqueles que já se encontravam em Judá nos dias de Zacarias, e que haviam subido a Jerusalém com Zorobabel, e que haviam lançado os alicerces do templo, foram exortados pelo Senhor a fazerem fortes as suas mãos, para reiniciaram a obra de reconstrução (v. 9).
Nos anos passados, eles estiveram impedidos de trabalharem porque não havia salário (recompensa), nem paz para os que trabalhavam, por causa do inimigo que o Senhor havia incitado contra eles (v. 10).
Mas agora, Deus estava prometendo paz e prosperidade ao Seu povo (v. 11, 12), de modo que não seriam mais considerados uma maldição pelas nações, mas uma bênção (v. 13); porque o Senhor voltaria a usar de misericórdia para com eles e faria o bem a Jerusalém e a Judá, pelo que não deveriam temer o mal (v. 14, 15).
Apesar de fazer todas estas coisas, pela Sua graça, a bênção do Senhor sempre está condicionada a um andar condigno na Sua presença.
Então, para desfrutarem das bênçãos prometidas, deveriam se exercitar na prática do bem, da justiça e da verdade (v. 16, 17).
Então os jejuns que faziam se tornariam um motivo de regozijo, alegria e festas alegres, por isso deveriam amar a verdade e a paz (v. 18, 19).
De repudiada e desprezada que era, pela sua condição de ruína, Jerusalém ainda viria a ser procurada por muitos povos e pelos habitantes de muitas cidades, para virem buscar o Senhor dos exércitos, e o Seu favor e bênção (v. 20 a 22).
Assim, os judeus ganhariam prestígio entre as nações e muitos lhes procurariam por saberem que o favor de Deus se encontrava com eles (v. 23).
Pr Silvio Dutra