Relativismo é, em suma, a visão de que todas as crenças, costumes e ética são relativas ao indivíduo dentro do seu contexto social, não existe um padrão universal de moralidade, ninguém tem o direito de julgar os costumes de outra sociedade. Estes relativistas acreditam que todas as culturas são igualmente dignas e de igual valor, eles veem a verdade como variável e não como algo absoluto. Como resultado, ninguém pode dizer se alguém está certo ou errado; é uma questão de opinião pessoal, ninguém pode julgar nada ou alguém.
Não me espanta que a sociedade adote estes princípios, pois chama ao mal de bem e ao bem de mal, faz das trevas luz e da luz, trevas (Is 5.20), porém ver que dentro de nossas igrejas o relativismo tem crescido diariamente me assusta muito. É um prova, quase cabal, do estado lastimável que nos encontramos. Mas por que tamanha indignação? Explico:
A verdade não é subjetiva – “Santifica-os na tua verdade; a Tua palavra é a verdade.” (João 17:17) – a verdade é absoluta e existe um padrão moral pelo qual todas as pessoas de todas as culturas terão que prestar contas. Este padrão é revelado nas escrituras. Elas nos ensinam que os padrões para o comportamento humano são dados por Deus (Lc 10:27) e Deus estabeleceu e revelou um padrão absoluto de santidade, não subjetivo.
O ser humano (mesmo corrompido pelo pecado) não é amoral (mesmo podendo ser imoral), ele possui as leis morais interiores gravadas por Deus em seu coração, conforme Paulo menciona em Romanos 2:14-15. Dizer o contrário disto é discordar da palavra, porém o homem só distingue estas verdades (as leis morais de Deus), através da revelação da palavra (revelação especial).
O relativismo dentro da igreja pode, e normalmente leva, a um pragmatismo, onde “o que dá certo” (se bailes, festas, arraiais, cultos de vitórias e “descarregos”) substitui “o que é certo” (a palavra de Deus) que, na visão deles, seria relativa.
Pior que tudo isso, o relativismo destrói por completo a obra salvífica da cruz. Cristo veio nos salvar da ira de Deus. Nós estávamos condenados em nossos pecados (Ef 2:5-6), mas Deus, rico em misericórdia, nos ressuscitou e nos faz assentar com Cristo na glória. Na visão relativista, onde não existe nada errado (pecado), a obra magnífica de Cristo não foi nada, a não ser um exercício de futilidade.
O relativismo desistiu completamente da verdade. Os relativistas desistiram completamente de Cristo, pois Ele é a verdade (João 14:6). O caminho do relativismo é um caminho sem Cristo, sem verdade e sem vida. Fuja do relativismo e batalhe contra ele em sua igreja.
“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” 1Cor 11:19