“Por isso, não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito; queixar-me-ei na amargura da minha alma”. (Jó 7.11)
Preâmbulo: Muito se tem dito da historia de Jó como o homem que mais sofreu nesta terra. Nesta ocasião vamos ver essa realidade. E vamos descobrir o que Jó tinha de Depressivo, mas também o que ele tinha de Persuasivo. No dia da sua calamidade seus amigos ficaram com ele sete dias e sete noites sem falar palavra alguma (2.11-13) Hoje não teriam esse tempo todo, precisamos restaurar os aflitos o mais pronto possível.
I – MOTIVOS PARA UMA DEPRESSÃO:
1. (1.15) A perda dos seus servos: “e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova”.
2. (1.16 e 17) A perda da sua fazenda: “Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova”. (17) “Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova.”.
3. (1.18,19) A perda da sua família: “Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, (19) eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.”.
4. (2.7) A perda da sua saúde: “Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de ou de tumores malignos uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça”. Satanás nunca mudou, ele não perdeu o tempo, ele não só causo um pouco de desgraça. Sou intenção hoje é ainda maior: Roubar, Matar, e Destruir. (João 10.10) Rouba a saúde, a força, à alegria, o animo, as riquezas.
5. (19.13-19) A perda social: “Pôs longe de mim a meus irmãos, e os que me conhecem deveras me estranharam. (14) Os meus parentes me deixaram, e os meus conhecidos se esqueceram de mim. (15) Os meus domésticos e as minhas servas me reputaram como um estranho; vim a ser um estrangeiro aos seus olhos. (16) Chamei o meu criado, e ele me não respondeu; cheguei a suplicar com a minha boca. (17) O meu bafo se fez estranho a minha mulher; e a minha súplica, aos filhos do meu corpo. (18) Até os rapazes me desprezam, e, levantando-me eu, falam contra mim. (19) Todos os homens do meu secreto conselho me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim”.
6. (19.20) Perda do seu peso: “Os meus ossos se apegaram à minha pele e à minha carne, e escapei só com a pele dos meus dentes”.
7. Seus sofrimentos: Suas chagas: (7.5) “A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele está gretada, e se fez abominável”. “Dificuldade de respirar: (9.18) Não me permite respirar, antes me farta de amarguras”. Mal cheiro: (9.30,31) “Ainda que me lave com água de neve, e purifique as minhas mãos com sabão, (31) mesmo assim me submergirás no fosso, e as minhas próprias vestes me abominarão”.
8. “Sofreu Zombaria (16.10) Abrem a boca contra mim; com desprezo me feriram nos queixos e contra mim se ajuntam todos”. (30.1) Sofreu Risadas: “Mas agora se riem de mim os de menos idade do que eu, e cujos pais eu teria desdenhado de pôr com os cães do meu rebanho”. (30.9) Sofreu Piadinhas: “Mas agora sou a sua canção e lhes sirvo de provérbio”. (30.10) Sofre menosprezo total: “Abominam-me, e fogem para longe de mim, e no meu rosto não se privam de cuspir”.
9. Sem ajuda dos seus irmãos: (6.14,15) “Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-poderoso. (15) Meus irmãos aleivosamente me trataram; são como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam.”.
II – A VIDA ANTES DA DEPRESSÃO:
1. (29.6) Ele era prospero: “Quando lavava os meus passos em manteiga, e da rocha me corriam ribeiros de azeite”.
2. (29.7 e 8) Ele era respeitado: “Quando saía para a porta da cidade e na praça fazia preparar a minha cadeira. (8) Os moços me viam e se escondiam; e os idosos se levantavam e se punham em pé”.
3. (29.9-11) Ele era ouvido: “Os príncipes continham as suas palavras e punham a mão sobre a boca; (10) a voz dos chefes se escondia, e a sua língua se pegava ao seu paladar; (11) ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim”.
4. (29.12-13) Ele fazia misericórdia: “Porque eu livrava o miserável, que clamava, como também o órfão que não tinha quem o socorresse. (13) A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva”.
5. (29.14) Ele era justo: “Cobria-me de justiça, e ela me servia de veste; como manto e diadema era o meu juízo.”.
6. (29.15) Ele era líder: “Eu era o olho do cego e os pés do coxo”. Atitude linda, que requeria muita paciência, par conduzir o cego.
II-O QUE TINHA JÓ DE DEPRESSIVO?
1. (7.11) Por isso, não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito; queixar-me-ei na amargura da minha alma.
2. (10.1) A minha alma tem tédio de minha vida; darei livre curso à minha queixa, falarei na amargura da minha alma.
3. (27.2) Vive Deus, que desviou a minha causa, e o Todo-poderoso, que amargurou a minha alma.
4. Ansiedade: (4.13-15) “Entre pensamentos vindos de visões da noite, quando cai sobre os homens o sono profundo, (14) Sobrevieram-me o espanto e o tremor, e todos os meus ossos estremeceram. (15) Então um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne”.
5. Incerteza: (9.20) “Se eu me justificar, a minha boca me condenará; se for perfeito, então ela me declarará perverso”.
6. Medo: (6.4) “Porque as flechas do Todo-poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno, o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.”.
7. Enfado: (4.3-5) “Eis que ensinaste a muitos e esforçaste as mãos fracas. (4) As tuas palavras levantaram os que tropeçavam, e os joelhos desfalecentes fortificaste. (5) Mas agora a ti te vem, e te enfadas; e, tocando-te a ti, te perturbas”.
8. Solidão: (19.13) “Pôs longe de mim a meus irmãos, e os que me conhecem deveras me estranharam”.
9. Desejo de morrer: (7.15) “Pelo que a minha alma escolheria, antes, a estrangulação; e, antes, a morte do que estes meus ossos”.
III-O QUE TINHA JO DE PERSUASIVO?
1. (1.20-22) No meio das perdas ele adora: Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou, (21) e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.
22 Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.
2. Cinco aspectos positivos e decisivos da sua vida: Ideal para o crente atual.
(27.4) “Enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus no meu nariz”:
(27.4) “não falarão os meus lábios iniqüidade”
(27.4) “nem a minha língua pronunciará engano”
(27.5) “até que eu expire, nunca apartarei de mim a minha sinceridade”.
(27.5) “À minha justiça me apegarei e não a largarei”
(27.5) “não me remorderá o meu coração em toda a minha vida”.
3. Certeza da sua Fé: (19:25) “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. (42.2) “Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido.
4. Reconhecimento da fraqueza: (42.5) Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos”.
5. Não conseguia sentir a Deus: (9.11) “Eis que passa por diante de mim, e não o vejo; e torna a passar perante mim, e não o sinto.” Simplesmente essa situação se repete na vida de muitos.
6. A sorte de Jó foi mudada: (42.10) “Quando ele começou orar pelos seus “amigos” (inimigos) que vinham todos os dias acusar-le de que estava em pecado. (42.10) E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía.”.
7. O que Jó temia isso sucedeu: (3.25) “Por que o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu?” Isso nos ensina a não falar coisas negativas.