Muitos conhecem o texto de Êxodo 3, que narra o chamado de Moisés. Semanas atrás, enquanto meu esposo pregava dentro deste texto, uma personagem me chamou a atenção e com ela me identifiquei: a sarça. Moisés é o mais importante líder de Israel no contexto do velho testamento. Ele é o primeiro libertador! Sua intimidade com Deus numa época onde não havia ‘véu rasgado’ nos estimula até hoje, 2009 anos após o nascimento de Jesus Cristo. Sua vida foi de grande valor! E tudo de fato começou naquele dia em que ele se deparou com uma chama intensa sobre uma sarça no meio do deserto.
Foi através da sarça que Moisés viu a glória de Deus, ouviu a Sua voz e conheceu o plano dEle para sua vida pela primeira vez. Ela foi a chave usada por Deus para abrir o coração de Moisés, se aproximar dele, se revelar e tratar a sua alma. Tudo se deu por meio dela, apesar dela não ter mérito algum.
Essas reflexões me impactaram. Podemos perfeitamente substituir o nome desta planta pelo nosso e imaginar-nos sendo usados como ela foi. Eu creio que a sarça nasceu para aquele momento da História. Claro que ela viveu anos apagadinha no meio do deserto, mas chegou sua hora de brilhar e ela brilhou.
Como Israel, o mundo está entregue a um “Egito espiritual”. Por todos os lados há vidas presas à idolatria e ao jugo do pecado. Fome, doenças, enchentes, aquecimento global e crise financeira. Em meio a isso, nota-se que boa parte da Igreja do Senhor se encontra como Israel durante aqueles 450 anos: inerte e conformada. Pense comigo: 2009 se apresenta como um tempo especifico. Mais do que nunca pessoas precisam ver Deus, conhece-Lo, descobrir seu valor para ele e no que podem ser úteis em Seus planos. A missão da sarça continua, mas nós é que somos as “plantas” que precisam brilhar.
A vida no evangelho é um eterno repartir. E não falo só de pão. Você aprende e ensina. Deus investe em você e você em outros. Tudo que Deus faz em mim deve abençoar de alguma forma os que estão por perto. Neste texto a sarça é o nosso símbolo, mas também podemos nos comparar a Moisés. Como ele, todos podemos lembrar de alguma “sarça” que brilhou diante de nós, em fases de seca. Eu poderia listar muitas pessoas, homens e mulheres de Deus, através dos quais eu vi Sua glória, ouvi Sua voz, conheci Sua vontade pra mim e fui tratada nas minhas emoções.
Creio que Moisés nunca esqueceu dessa planta. Como eu nunca esqueci dessas pessoas chaves na minha historia. E eu oro para que haja escolhidos de Deus que também se lembrem de mim assim: como um ser que refletiu a luz do Senhor e foi usada para marcar seus corações para sempre.
Como você quer ser lembrado? A escolha é sua! Sarça você já é. No deserto, você já está. Eleitos de Deus não faltam ao seu redor para serem tocados. Só falta você brilhar.
Carinhosamente em Cristo,
Thais Monteiro Brum
Líder de Louvor e Adoração na Igreja Metodista em São Pedro de Alcântara, Pádua/RJ
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