Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Tiago 1:14,15
“Foram elas que seguiram o conselho de Balaão e levaram Israel a ser infiel ao Senhor no caso de Peor, de modo que uma praga feriu a comunidade do Senhor.
Números 31:16
Engodo, que palavra estranha! não é muito usada por nós diariamente, mas é usada como estratégia contra nós dia após dia pelo inimigo de nossas almas, Satanás. Engodo de acordo com o nosso dicionário significa uma isca que se utiliza para atrair animais, geralmente aves ou peixes ou no sentido figurado uma cilada, uma sedução; juridicamente falando é tudo aquilo que se faz com o intuito de enganar alguém, de levar uma pessoa ao erro.
Neste texto, Tiago nos ensina que Satanás usa deste artificio para nos afetar diariamente, mas ele não pode ser responsabilizado totalmente por isso na verdade ele é apenas o agente externo que usa desta isca para atrair e trazer a tona algo que esta dentro de nós chamado concupiscência, que é a nossa natureza pecaminosa herdada pelo pecado de adão, é igual uma isca comum, você coloca uma minhoca no anzol porém apenas uma minhoca no anzol não garante a pesca por si só, depende de um fator mais forte chamado instinto e principalmente a fome, e é este instinto que movido pela fome leva o peixe a cair no engôdo do pescador, e quando ele cai neste engodo o peixe quase sempre encontra o seu fim.
na verdade essa tática é muito antiga mas não é pelo fato de ser antiga que ela deixa de ser bem eficiente, no antigo testamento no livro de números Caps. 22-25 relata a história de um rei moabita chamado Balaque que, com muito medo de ser destruído pelo povo de Deus que cercava suas terras decidiu se antecipar para se proteger, e para conseguir isso contratou o profeta Balaão com o intuito de amaldiçoar o povo de Deus, Balaão seduzindo pela “generosa” oferta financeira aceitou o convite mesmo sendo instruído pelo próprio Deus a recusa-lo, porém toda vez que tentava amaldiçoar, sua boca saia do seu controle e ele abençoava a Israel, e esta história é muito conhecida pois Balaão conversou literalmente com uma jumenta mas o mais impactante nesta história é que Balaão simplesmente não poderia fazer nada contra o povo de Deus enquanto eles estivessem debaixo da benção do Senhor.
Foi então que Balaão teve uma brilhante ideia: e se seduzirmos o povo para pecar contra Deus, assim eles seriam por eles mesmo amaldiçoados e perderiam a sua proteção e consequentemente o seu poder, o foi isso que eles fizeram; E é exatamente assim que o diabo faz conosco, ele sabe que se estamos em Deus ele não pode nos tocar (1 Jo 5:18) mas se conseguir seduzir a concupiscência, este instinto pecaminoso que há dentro de nós, e faze-la ser gerada ou seja praticada, isso nos levará ao pecado e o pecado nos levará fatalmente a morte e a destruição.
E para isso ele tem os seus meios, no caso de Balaão foi as riquezas, no caso dos homens de Israel as mulheres moabitas, ele sabe as nossas fraquezas e tentará explora-las ao máximo para que tenhamos o mesmo fim que ele, pois ele vem apenas para roubar matar e destruir(Jo 10:10a), e talvez esta tentação possa parecer por um breve período de tempo recompensadora, o coração palpita mais forte, a mente divaga a ilusão toma conta, mas sabemos que no findar da consumação do pecado só encontraremos tristeza, remorso, lamento, dores e morte;
então sejamos sóbrios e vigilantes pois o diabo anda ao derredor bramando como um leão buscando a quem possa tragar (1 Pe 5:8-9) pois sabemos que se resistirmos ao diabos (e suas seduções) ele fugirá de nós (Tg 4:7), e assim não seremos destruídos ou paralisados pelo nosso inimigo como foi no caso de Israel, e continuaremos seguindo firmes a passos largos rumo aos propósitos de Deus para nós, que é uma vida abundante(Jo 10:10b), experimentando a sua vontade boa perfeita e agradável (Rm 12:2b) e encontrando o genuíno gozo eterno la nos céus.
Pr. Matheus Simões