A salvação e as bênçãos de Deus para a humanidade são de graça e por isso não tem custo financeiro (Ef 2.8). O problema é que tal verdade tem sido destorcida por falsas mensagens que descaradamente tentam vender as bênçãos da gratuidade Divina. A ganância é um abismo de interesses insaciáveis capaz de transformar a casa de Deus numa corja de ladrões e num antro de aproveitadores (Lc 19.45-48). Fora isso, o oportunismo de consumo do “mundo cristão” tornou-se numa tentação que tem desviado muita gente do caminho céu. O famigerado cristianismo ávido por novidades, carente de Deus e distante das Escrituras está à mercê de experts vendilhões do templo, dos charlatões de plantão e dos enganadores disfarçados de crentes. O objetivo dessa gente é escuso, por detrás da cortina de seus “ministérios ungidos” estão motivos e compromissos materiais que os escravizaram mesmo pregando uma mensagem de liberdade.
A Palavra de Deus é contra esse comércio com vestimentas espiritualizadas (At 8.17-24). Distorções bíblicas, aberrações teológicas e verdadeiras loucuras são oferecidas em forma de disfarçados amuletos, unções sem fundamento, seminários de grupo fechado e tantas outras invenções para se ganhar dinheiro dos irmãos do despercebido universo religioso. Campanhas de oração, jejum, cultos de cura interior e libertação tocados à base de ofertas com valores estipulados. Qualquer igreja local que por expansão denominacional se presta a essa prática, melhor que continuasse como um mero ministério de bairro do que expor-se a esse ridículo pedinte – porque deste modo assume uma posição de mendicância e o Evangelho diz outra coisa (Mt 10.8; At 3.6).
Enriqueceram-se a custa dos símplices do Evangelho (2 Pe 2.3). Visando lucro, boa parte das chocantes neo-revelações é liberada para o povo comprar em pequenos kits comerciais. Muitas mensagens carregadas de modismos são gravadas em CDs e DVDs para serem vendidas e produzidas em escala industrial. Ministérios autênticos foram desfigurados e transformados em fontes de lucro e desta forma os exploradores da fé cristã estão pobres daquela graça que nada custa. Refiro-me aos astros do louvor gospel que cobram absurdos para cantar! Dirijo-me a preletores que ministram por dinheiro e cuja agenda é feita por leilão dos convites. Aponto os tele-evangelistas que em alguns casos comprometem nosso testemunho sendo os principais promotores de uma cultura de consumismo e de idolatria dentro do arraial cristão.
Uma das doutrinas mais fascinantes da teologia bíblica sistematizada é a doutrina da salvação. A experiência da salvação é um dos grandes milagres de Deus oferecido gratuitamente aos homens. O meio para tal bênção é a graça de Deus e a expressão do referido termo transporta duas verdades salientes.
1º: A graça Divina quanto à salvação eterna não ocorre por nossos méritos, é fruto do amor de Deus (Ef 2.8; Tt 2.11).
2º: Se tamanho dom não é recebido por merecimento em escala moral e espiritual (Is 64.6) e nem por seletismo pelo prisma da preferência Divina (Jo 1.12), o seu preço está além das possibilidades humanas de pagá-lo. O ônus da grandiosa obra da redenção foi custeado pelo sangue de Cristo e sua eficaz obra expiatória (1 Co 6.20; Hb 9.22).
Louvemos ao Senhor pois o preço de nossa salvação e das bênçãos celestiais já foi pago! A sua salvação, a cura divina, os dons espirituais, a transformação da vida, a restauração da família, a libertação de seus filhos e o porvir eterno já estão com valores liquidados pelo grandioso amor de Deus e pela oferta voluntária de Cristo Jesus. Não pague mais por aquilo que Deus já te oferece de graça e que está simplesmente ao alcance de sua fé nele! Abaixo as indulgências modernas de um cristianismo corrompido por mundo governado pelo espírito do Anticristo.
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