“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Salmo 51.17)
A quebra do corpo de Jesus Cristo para a expiação do nosso pecado é o único sacrifício de compensação aceitável por Deus para tal propósito, mas a quebra (contrição) do nosso coração em relação ao pecado é um sacrifício de reconhecimento da nossa culpa.
Este quebrantamento de coração é a nossa preparação requerida por Deus para que a provisão feita por nós no sangue de Jesus Cristo possa ser eficaz para nos perdoar e purificar.
Por isso se nos ordena que nos ofereçamos a Deus como sacrifício vivo no altar da consagração.
Porque assim como o altar no Antigo Testamento santificava a oferta, de igual modo o nosso quebrantamento de coração é o altar no qual nos oferecemos para sermos santificados pelo Senhor.
Deus jamais rejeitará a qualquer que se aproximar dele com um coração contrito.
E isto não se aplica meramente à tristeza por pecados eventuais, mas a uma constante atitude de penitência perante Ele, por lamentarmos sermos de uma tal natureza pecaminosa.
Por isso devemos ser espirituais e não carnais, porque sem santificação, jamais conheceremos esta atitude interna de coração, que se entristece por causa do pecado.
Todo aquele que andar em justiça na presença do Senhor, será como Ló, que afligia sua alma justa todos os dias por causa do pecado que havia nas cidades de Sodoma e Gomorra, onde ela habitava.
É impossível que um autêntico santo não se entristeça pela presente condição da humanidade, que caminha cada vez mais de braços dados com o pecado.
O que for carnal não discernirá isto, e até poderá amar as mesmas coisas que o mundo ama, mas o que for espiritual não somente discernirá aquilo que Deus abomina na sociedade em que vive, como também se afligirá por isto, com um coração verdadeiramente quebrantado.