Certamente era muito mais fácil para Timóteo fugir das paixões da mocidade (II Tim 2.22) do que os nossos jovens fugirem delas em nossos dias, em que são acostumados a pensarem que uma vida impura, imoral e dissoluta é um padrão normal de vida como qualquer outro, sem saberem que a ira de Deus se acende contra tais coisas.
Mais do que nunca é necessário clamar a Deus como fez Davi:
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.” (Sl 51.10).
E não há outro caminho para o jovem manter o seu caminho limpo senão aplicar a Palavra de Deus ao seu coração:
“Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.” (Sl 119.9).
É melhor pois estar num deserto com o coração puro tendo ao Senhor por companhia, do que estar no meio de todas as atrações, confortos e alegrias mundanos, pagando o terrível preço de estarmos afastados de Deus, por nos deixarmos vencer por muitas tentações.
Por isso não devemos rejeitar as aflições que Deus nos envia em Sua misericórdia para nos desarraigar do nosso amor ao mundo. E aquilo que em princípio parece derrota e frustração e motivo de tristeza para nós, pelo desencanto com coisas e pessoas que dantes tanto prezávamos, pela sabedoria que nos virá do alto, tudo isto será visto depois como um grande e eterno ganho, porque foram renúncias que nos foram impostas pelas circunstâncias desagradáveis para que pudéssemos ter mais de Deus e da sua doce e santa companhia.
Portanto, em vez de nos deixar abater pelo descontentamento a que ficamos tentados pelos espinhos na carne, devemos aprender a ser gratos a Deus pela graça que receberemos por suportá-los com paciência, conforme nos ordena a Palavra:
“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;” (Rom 12.12).
Pr Silvio Dutra