A paz queridos!
Escrever nem sempre é fácil sabe, mesmo quando é algo que você gosta de fazer. Às vezes você quer deixar suas ideias meio soltas dentro de si, e somente ir caminhando; mesmo que isso aos poucos represente uma externalização em suas atitudes do caos que está morando dentro de você. Parece um pouco chocante, mas é assim mesmo.
Tanto pra quem tem a escrita como “hobby”, como para os amantes Tv, internet e seus afins; é bom criar a prática de refletir sobre suas ideias, as direções que se anda tomando e fazer um balanço, se não for pela escrita, que é uma ótima ferramenta para esta reflexão, que seja uma tarde sentada na praia olhando o pôr-do-sol (privilegio seu ter esta opção!), numa rede na área da sua casa, ou sentado na sala enfrente a parede branca – estas são só algumas opções, mas nossa criatividade pode nos convidar a outros métodos.
Cuidar do nosso interior é muito importante e isso me faz lembrar um querido amigo, conhecido de todos nós: Jonas. Este cara meio mal compreendido tem sua história contada na bíblia num livro tão curto e tão pouco falado entre os cristãos que até esquecemos que
Ele foi escolhido pra estar nas Escrituras porque fala muito de nós mesmos.
Você deve estar se perguntando o que Jonas tem a ver com tudo isso, a meu ver tudo! Sondando um pouco mais a fundo sua história pude notar que seu livro é recheado de medo, incertezas e falta de conhecimento do seu interior; algo bem parecido com minha vida (e da maioria dos mortais).
Apesar de Jonas ter certeza de ser um profeta, ele não tinha certeza se queria agir como um, na verdade essa atitude vem de um caos em seu interior que tinha raízes bem profundas na falta de amor ao próximo. Pregar à Nínive? Soava como loucura perante todas as atrocidades que este povo cometeu.
Jonas teve medo. Não só medo de estar em meio a um povo estranho e perigoso e da reação deste perante a pregação, mas também teve medo da possibilidade “mesmo que remota”- a seu ver – daquele povo ser salvo. Isto mostraria a Jonas outro tipo de Deus, o qual ele não estava acostumado, talvez não fosse este Deus que ele pensava quando ia fazer seus sacrifícios ou reclinava seus pensamentos em suas orações diárias. Esse Deus que traz a possibilidade do “grande pecador” ser salvo, não foi o Deus criado por Jonas para ser sua “divindade pessoal”.
O caos gerado em Jonas está em relação à ruína perante a descoberta de quem realmente Deus é e o medo desse caminho de comprometimento que o Eterno coloca para o profeta; sua missão é o outro. Parece que consigo ver Jonas estarrecido diante da imagem de um Deus tão grande a ponto de colocar nossa grandeza de si mesmo (de Jonas e nossa) no chão, em pedaços, é realmente um grande susto perceber enfim que não somos semideuses não é Jonas?
Ao final de seu livro encontro um Jonas com medo de amar ainda, resmungão, que insiste em não se render a este Perfeito Amor, ele ainda quer ter o controle e ser juiz na situação do povo de Nínive, porém, Deus o confronta forte e claramente, aliás, eu estou ao lado de Jonas (todos estamos!) sendo confrontada com ele, vendo Seu Amor nos despindo de toda altivez, mostrando nossas motivações a bagunça instaurada em nosso interior, nos chamando para amar e finalmente vivermos livres do medo e do caos.
E aqui finalizo meu texto, esses dias eu tenho vivido muitas coisas novas, sensações diferentes, desafios, o medo apareceu e o Senhor tem me convidado a escrever sobre o que estou aprendendo e o que ainda não aprendi também, e não vou fingir que não estou ouvindo este convite, eu só aceitei e foi libertador para mim (espero que lê-lo tenho sido o mesmo para você)!
Dessa vez eu e Jonas decidimos: nada de Társis! Vamos caminhar por fé – rumo a Nínive de todo dia!
Se conheço meu Mestre consigo me conhecer, e deixar que Ele viva em mim!