Sobre a recente notícia da morte do jovem ator Cory Monteith, voltei a refletir sobre o nosso papel de pais no mundo atual.
Foi inevitável conversar com minha filha, e respeitar a frustração dela, diante da notícia. Comecei a conversa, lembrando da confissão de Cazuza: “Meus heróis Morreram de overdose. Meus inimigos Estão no poder. Ideologia! Eu quero uma pra viver”
Nossos filhos têm seus ídolos humanos, pessoas que eles elegem como inspiração, a quem admiram. Isso é razoavelmente natural. Nós já tivemos os nossos! Eu me recordo perfeitamente de quando Elvis morreu, e como me senti… Foi horrível!
Mas, diante dessas situações, a gente acaba aproveitando para rever uns conceitos e reforçar alguns valores imprescindíveis.
O que eu busco enfatizar para os meus filhos (ainda que em outras palavras) é que o início da derrota muitas vezes está em subestimar o inimigo. E o inverso – a vitória – nem sempre está em valorizá-lo e enfrenta-lo, mas em reconhecê-lo e evita-lo. Isto não é covardia. É sabedoria. É bíblico:
“Afastem-se de toda forma de mal” (1 Tessalonicenses 5:22)
A bíblia também diz que “a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (Efésios 6:12).
Aos que se entregam às muitas opções alucinógenas como fuga de problemas e fraquezas pessoais: Como eu gostaria de convencê-los que a mola propulsora está dentro de vocês!
Nenhum objeto ou substância pode produzir solução mágica para o sofrimento, para a baixa autoestima, para decepções e frustrações. Mesmo medicamentos devidamente prescritos não nos curam. No caso de tratamentos adequados, o que eles fazem é nos colocar física e emocionalmente prontos para a descoberta do caminho, das prováveis causas, entendimento e identificação do nosso real refúgio e fortaleza! E, acreditem: para o mal, basta nos fazer acreditar o contrário!
Pais, a nossa responsabilidade é muito maior do que imaginamos! Não podemos continuar correndo atrás das vaidades e exposições pessoais! Nossos filhos podem estar ouvindo de nós repreensões e lindas lições teóricas, mas estão nos assistindo praticar ações nada dignas de admiração! Às vezes, mesmo morando na mesma casa, dividindo a mesma mesa de jantar ou sala de TV, existe um abismo entre nós!
O nosso tempo foi apenas o nosso tempo. Melhor numas coisas, pior em outras. Não adianta querer forçá-los a viver fora do tempo deles, com críticas e posicionamentos radicais, onde o nosso saudosismo seja nada atrativo, e meramente careta! (De algum modo, vai ser mesmo.É inevitável!)
Precisamos lembrar de compartilhar experiências diárias. Eles aprendem, e nós também! Todos só teremos a ganhar!
Consertar o que saiu errado é muito mais trabalhoso, e traz mais sofrimento do que investir no alicerce de uma construção sólida e fortalecida. O futuro do mundo está em nossas mãos! Não podemos nos esquecer que alguns conselhos simples fazem muita diferença:
“A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e ouro. (…) Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.” (Provérbios 22: 1 e 6)
Todos temos problemas. Conviver e cuidar da saúde da família será sempre um desafio. Ninguém disse que seria fácil! Mas não podemos negligenciar diante do que temos conhecido.
“A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido” (Lucas 12:48)
E que Deus nos ajude!