“5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.5-11)
v. 5 – O apóstolo recomenda agora, a partir do exemplo de Cristo, o exercício de humildade, para o qual ele os exortou em palavras. Há, no entanto, duas partes, na primeira ele nos convida a imitar a Cristo, porque esta é a regra de vida; na segunda, ele nos atrai a ele, porque este é o caminho pelo qual podemos alcançar a verdadeira glória. Por isso, ele exorta cada um a ter a mesma disposição que estava em Cristo. Ele depois mostra que um padrão de humildade foi apresentado diante de nós em Cristo.
v. 6 – “Pois ele, subsistindo em forma de Deus”. Esta não é uma comparação entre coisas similares, mas na forma de maior e menor. A humildade de Cristo consistia no seu rebaixamento do mais alto pináculo da glória para a mais baixa ignomínia: nossa humildade consiste em abster-nos de exaltar a nós mesmos por uma estimativa falsa. Ele renunciou ao seu direito; tudo o que é exigido de nós é que não assumamos para nós mesmos mais do que deveríamos. Daí ele afirma isto – que, na medida em que estava na forma de Deus, ele não achava que não era uma coisa ilegal se mostrar nessa forma; senão que ele se esvaziou. Desde, então, que o Filho de Deus desceu de uma altura tão grande, quão irrazoável que nós, que nada somos, devêssemos nos exaltar com orgulho!
A forma de Deus significa aqui a sua majestade. Porque assim como um homem é conhecido pela aparência de sua forma, de igual modo a majestade, que brilha em Deus, é a sua figura. Ou, se você preferir uma similitude mais adequada, a forma de um rei é a sua equipagem e magnificência, mostrando-o como sendo um rei – o cetro, a coroa, o manto, seus atendentes, seu trono de julgamento, e outros emblemas da realeza; a forma de um cônsul era – sua longa túnica, com bordas em roxo, o seu assento de marfim.
Cristo, portanto, antes da criação do mundo, estava na forma de Deus, porque desde o início ele teve sua glória com o Pai, como ele diz em João 17.5. Pois na sabedoria de Deus, antes de sua assumir a nossa carne, não havia nada desprezível, mas, ao contrário uma magnificência digna de Deus. Sendo como ele era, poderia, sem fazer mal a qualquer um, mostrar-se igual a Deus; mas ele não se manifestou para ser o que ele realmente era, nem ele se apresentou abertamente na visão dos homens que lhe pertenciam por direito.
“Não julgou como usurpação”. Não teria havido nenhum mal se tivesse mostrado ser igual a Deus. Pois, quando ele diz, que ele não pensava por si mesmo, é como se ele tivesse dito: “Ele sabia que, de fato, isso era lícito e correto para ele,” para que possamos saber que sua humilhação foi voluntária, e não por necessidade. Cada um, no entanto, deve perceber que Paulo trata até então da glória de Cristo, que tende a aumentar a sua humilhação. Assim, ele menciona, não o que Cristo fez, mas o que era permitido para ele fazer.
Ainda mais, o homem que não percebe que a sua eterna divindade está claramente estabelecida nestas palavras, é totalmente cego. Reconheço, sem dúvida, que Paulo não faz menção aqui da essência divina de Cristo; mas não se segue disso, que a passagem não é suficiente para repelir a impiedade dos arianos, que diziam que Cristo era um Deus criado, e inferior ao Pai, e negavam que ele fosse da mesma substância do Pai. Porque, onde pode haver igualdade com Deus, sem furto, excetuando-se apenas onde há a essência de Deus; pois Deus permanece sempre o mesmo, que diz por Isaías: “eu vivo; eu não vou dar a minha glória para outro” (Isaías 48.11).
Forma significa figura ou a aparência, como eles geralmente falam. Isto, também, eu prontamente concedo; mas, serão encontradas, além de Deus, tal forma, de modo que não seja nem falsa nem forjada? Como, então, Deus é conhecido por meio de suas excelências, e suas obras são evidências da sua eterna divindade (Romanos 1.20), então a essência divina de Cristo é justamente provada a partir da majestade de Cristo, que ele possuía em igualdade com o Pai, antes que ele tivesse se humilhado. Quanto a mim, pelo menos, nem mesmo todos os demônios iriam arrebatar essa passagem de mim – na medida em que há em Deus um argumento mais sólido, de sua glória e sua essência, que são duas coisas que são inseparáveis.
v. 7 – “Esvaziou-se”. Este esvaziamento é o mesmo que rebaixamento, como veremos mais tarde. A expressão, no entanto, que é utilizada, ευμφατικωτέρως, (com mais ênfase) significa, – ser reduzido a nada. Cristo, de fato, não poderia livrar-se de Deus; mas ele se manteve escondido por um tempo, para que não fosse visto, sob a fraqueza da carne. Por isso, ele pôs de lado a sua glória na visão dos homens, e não por diminuí-la, senão por ocultá-la.
Pergunta-se, se ele fez isto como homem? Erasmo responde afirmativamente. Mas onde estava a forma de Deus, antes que ele se fez homem? Por isso, devemos responder, que Paulo fala de Cristo inteiramente, já que ele era Deus manifestado na carne (1 Timóteo 3.16😉 mas, no entanto, este esvaziamento é aplicável exclusivamente à sua humanidade, como se eu devesse dizer do homem “o homem sendo mortal, é extremamente insensato se ele não pensa em nada, senão no mundo”, refiro-me, na verdade, ao homem integral; mas ao mesmo tempo atribuo mortalidade apenas a uma parte dele, isto é, ao corpo. Assim, então, como Cristo é uma pessoa, que subsiste em duas naturezas, é com propriedade que Paulo diz que aquele que era o Filho de Deus, – na realidade igual a Deus, no entanto, deixou de lado a sua glória, quando se manifestou em carne na aparência de um servo.
Também é indagado, por outros, como pode ser dito que se esvaziou, enquanto ele, no entanto, invariavelmente, se mostrava, por meio de milagres e excelências, ser o Filho de Deus, e em quem, como João testemunha, havia sempre para ser vista uma glória digna do Filho de Deus? (João 1.14). Eu respondo que a humilhação da carne era, não obstante, como um véu, pelo qual a sua majestade divina estava oculta. Por conta disso, ele não queria que sua transfiguração fosse tornada pública até depois de sua ressurreição; e quando ele percebe que a hora de sua morte está se aproximando, então ele diz: Pai, glorifica o teu Filho (João 17.1). Daí, também, Paulo ensina em outro lugar, que ele foi declarado ser o Filho de Deus, por meio de sua ressurreição (Romanos 1.4). Ele também declara em outro lugar (2 Coríntios 13.4), que sofreu com a fraqueza da carne.
Em suma, a imagem de Deus brilhou em Cristo de tal maneira, que ele era, ao mesmo tempo, humilhado em sua aparência externa, e se rebaixou a nada na estimativa dos homens; para que ele carregasse consigo a forma de servo, e assumisse a nossa natureza, expressamente, com a visão de ser um servo do seu Pai, ou melhor, até mesmo dos homens. Paulo também lhe chama de ministro da circuncisão (Romanos 15.8) e ele próprio testemunha de si mesmo, que veio para servir (Mateus 20.28) e que mesmo muito tempo antes havia sido profetizado por Isaías – Eis o meu servo, etc.
Em semelhança de homens Γενόμενος é equivalente aqui a constitutus – (tendo sido nomeado). Pois Paulo afirma que ele tinha sido levado ao nível da humanidade, de modo que não havia nada na aparência que diferia da condição comum da humanidade. Os Marcionitas pervertem essa declaração com a finalidade de estabelecer o fantasma com o qual eles sonhavam. Eles podem, no entanto, ser refutados sem grande dificuldade, na medida em que Paulo está tratando aqui simplesmente da maneira pela qual Cristo se manifestou, e a condição com a qual ele estava familiarizado quando no mundo.
Olhemos para um homem, ele vai, no entanto, ser reconhecido como diferente de outros, se ele se comportar como se fosse isento da condição dos outros. Paulo declara que isto sucedeu com Cristo, porque viveu de tal maneira, que parecia como se ele estivesse em um nível com a humanidade, e ele ainda era muito diferente de um simples homem, embora ele fosse verdadeiramente homem. Por isso, os Marcionitas mostram infantilidade excessiva, na elaboração de um argumento de similaridade de condições para o efeito de negar a realidade da sua natureza.
v. 8 – “Ele se tornou obediente”. Mesmo isto foi grande humildade – que sendo Senhor, ele se tornou um servo; mas ele diz que ele foi mais longe do que isso, porque, embora ele não era apenas imortal, mas o Senhor da vida e da morte, ele, no entanto, tornou-se obediente ao Pai, até o ponto de suportar a morte de cruz. Isto foi extrema humilhação, especialmente quando temos em conta o tipo de morte, que ele sofreu. Porque morrendo dessa maneira ele não estava apenas coberto com ignomínia aos olhos de Deus, mas também foi amaldiçoado aos olhos de Deus. É seguramente um tal modelo de humildade que deveria absorver a atenção de toda a humanidade.
v. 9 – “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente”. Ao adicionar o consolo, ele mostra que a humilhação, para a qual a mente humana é avessa, é no mais alto grau desejável. Não há ninguém, é verdade, mas reconhecerá que é isto uma coisa razoável que é exigida de nós, quando somos exortados a imitar a Cristo. Esta consideração, no entanto, desperta-nos a imitá-lo mais alegremente, quando aprendemos que nada é mais vantajoso para nós do que sermos conformes à sua imagem. Agora, para que todos estejam alegres, aqueles que, juntamente com Cristo, voluntariamente se humilharam, ele mostra pelo seu exemplo; para a partir da condição mais abjeta que ele foi exaltado à maior elevação. Portanto, todo aquele que se humilha será de igual modo exaltado. Quem agora não estaria dispostos a exercer a humildade, por meio da qual a glória do reino celestial é atingida?
Esta passagem tem dado ocasião a sofistas, ou melhor, eles tomaram posse dela, para alegar que Cristo mereceu primeiro para si mesmo, e depois para os outros. Agora, em primeiro lugar, mesmo que não houvesse nada falso na alegação, seria, no entanto, adequado evitar tais especulações profanas assim como obscurecer a graça de Cristo – em imaginar que ele veio por qualquer outra razão que, senão ter em vista a nossa salvação. Quem não vê que esta é uma sugestão de Satanás – que Cristo sofreu na cruz, para que pudesse adquirir para si, pelo mérito do seu trabalho, o que ele não possuía? Porque isto é o projeto do Espírito Santo, que deveríamos, na morte de Cristo, ver, e experimentar, e ponderar, e sentir, e reconhecer nada, senão a bondade sem mistura de Deus e do amor de Cristo para conosco, que foi grande e inestimável, que, independentemente de si mesmo, ele se dedicou e sua vida por amor a nós.
Em todos os casos em que as Escrituras falam da morte de Cristo, elas atribuem a nós a sua vantagem e preço; – que por meio dela somos redimidos – reconciliados com Deus – restaurados à justiça – purificados de nossas corrupções – a vida é adquirida por nós, e o portão da vida aberto. Quem, então, poderia negar que é por instigação de Satanás que as pessoas afirmem, por outro lado, que a parte principal da vantagem é para o próprio Cristo – que uma relação a si mesmo teve a precedência do que ele fez por nós – que mereceu a glória para si mesmo antes de ele merecer a salvação para nós?
Ainda mais, eu nego a verdade do que alegam, e eu afirmo que as palavras de Paulo são impiedosamente pervertidas para o estabelecimento de sua falsidade; porque a expressão, “por esta causa”, denota aqui uma consequência e não uma razão, se manifesta a partir desta, que, caso contrário segue-se que um homem pode merecer honras divinas, e adquirir o próprio trono de Deus – o que não é simplesmente um absurdo, mas mesmo terrível para se fazer menção. Porque de qual exaltação de Cristo o apóstolo fala aqui? Isto é, que tudo pode ser feito nele que Deus, através do profeta Isaías, exclusivamente reivindica para si mesmo. Daí a glória de Deus, e a majestade, que são tão peculiares a ele, que não podem ser transferidas para qualquer outro, será a recompensa do trabalho do homem!
Ainda, se eles avaliassem o modo de expressão, sem qualquer relação com o absurdo que se seguirá, a resposta será fácil – que ele nos foi dada pelo Pai, de tal maneira, que toda a sua vida é como um espelho que está diante de nós. Como, então, um espelho, embora tenha esplendor, tem não para si, mas com a visão de ser vantajoso e útil para os outros, assim também Cristo não procurou nem recebeu nada para si, mas tudo para nós. Que necessidade teria, eu pergunto, se ele, que era igual ao Pai, de uma nova exaltação? Vamos, então, leitores piedosos aprender a detestar estas especulações pervertidas.
“Deu-lhe um nome”.
Nome aqui é empregado para significar a dignidade – uma forma de expressão que é abundantemente comum em todas as línguas – “jacet nomine sine truncus; Ele encontra-se numa carcaça sem cabeça sem nome.” O modo de expressão, no entanto, é mais comum, especialmente nas Escrituras. O significado, portanto, é que o poder supremo foi dado a Cristo, e que ele foi colocado no mais alto posto de honra, de modo que não há dignidade encontrada no céu ou na terra, que seja igual à sua. Daí segue-se que isto é um nome Divino. Isto, também, ele explica, citando as palavras de Isaías, onde o profeta, ao tratar da propagação do culto a Deus em todo o mundo, apresenta Deus da seguinte maneira:
” Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua.” (Isaías 45.23)
Agora, é certo que a adoração aqui significa, que pertence exclusivamente a Deus. Estou ciente de que alguns filosofam com sutileza quanto ao nome de Jesus, como se fosse derivado do nome inefável Jeová. Na razão, no entanto, que eles apresentam, não acho solidez. Quanto a mim, eu não sinto prazer em sutilezas vazias; e é perigoso brincar em um assunto de tamanha importância. Além disso, quem não vê que isto é algo forçado, e nada mais do que uma genuína exposição, quando Paulo fala de toda a dignidade de Cristo, para restringir seu significado de duas sílabas, como se alguém tivesse de examinar atentamente as letras da palavra. Sua sutileza, portanto, não é sólida, e o artifício é alheio à intenção de Paulo. Mas pior do que ridículo é a conduta dos sofistas, que inferirem a partir da passagem diante de nós que devemos dobrar os joelhos sempre que o nome de Jesus é pronunciado, como se fosse uma palavra mágica, que tinha todas as virtudes incluídas no seu som. Paulo, por outro lado, fala da honra que deve ser prestado ao Filho de Deus, não a meras sílabas.
v. 10 – “Todo joelho se dobre”. Embora o respeito é mostrado aos homens também por meio desse rito, não pode, no entanto, haver dúvida de que o que está aqui quer dizer que a adoração que pertence exclusivamente a Deus, da qual a flexão do joelho é um símbolo. Quanto a isso, é bom notar, que Deus deve ser adorado, e não apenas com o afeto do coração, mas também por profissão exterior, se rendermos a ele o que lhe é devido. Assim, por outro lado, quando ele descreve seus adoradores verdadeiros, ele diz que eles “não dobraram os joelhos diante de Baal” (1 Reis 19.18).
Mas aqui surge uma questão – se isso se relaciona com a divindade de Cristo ou com a sua humanidade, porque optar por uma ou por outra, não está sem alguma inconsistência, na medida em que nada de novo poderia ser acrescentado à sua divindade; e sua humanidade em si mesma, vista isoladamente, não possui nenhuma denotação para tal exaltação que lhe pertence, para que ele fosse adorado como Deus? Eu respondo; que esta, como muitas outras coisas, são afirmadas em referência à pessoa inteira de Cristo, visto como Deus manifestado na carne (1 Timóteo 3.16). Porque Ele não se rebaixou tanto como em sua humanidade considerada isoladamente, ou assim como em relação à sua divindade vista também isoladamente, mas na medida em que, assim vestido de nossa carne, ele se ocultou sob a sua fraqueza. Assim, Deus exaltou o seu próprio Filho na mesma carne, em que ele viveu no mundo abjeto e desprezado, para a posição mais elevada de honra, para que ele possa se sentar à sua mão direita.
Paulo, no entanto, parece não ser coerente consigo mesmo; porque, em Romanos 14.11, ele cita essa mesma passagem, quando ele tem em vista provar que Cristo um dia será o juiz dos vivos e dos mortos. Agora, isto não seria aplicável a esse assunto, se já tivesse sido cumprido, assim como ele declara aqui. Eu respondo, que o reino de Cristo está em tal fundamento, que a cada dia cresce e faz melhorias, enquanto ao mesmo tempo a perfeição ainda não foi atingida, nem será até o último dia do acerto de contas. Assim, ambas as coisas são verdadeiras – que todas as coisas estão agora sujeitas a Cristo, e que esta sujeição, no entanto, não estará completa até o dia da ressurreição, porque o que está agora apenas começando, então, será completado. Por isso, não é sem razão que esta profecia é aplicada de formas diferentes em momentos diferentes, como também todas as outros profecias, que falam do reinado de Cristo, não o restringem a um determinado momento, mas o descrevem em todo o seu curso. A partir daí, no entanto, podemos inferir que Cristo é o Deus eterno que falou por Isaías.
“As coisas no céu, as coisas na terra, debaixo da terra”. Uma vez que Paulo representa todas as coisas do céu ao inferno como sujeitas a Cristo, no entanto, os demônios estão tão longe de curvarem os joelhos diante de Cristo, que estão em todos os sentidos rebeldes contra ele, e incitam outros à rebelião, está escrito em relação a eles, que tremem à simples menção de Deus (Tiago 2.19). Como será, então, quando eles deverem vir diante do tribunal de Cristo? Confesso, aliás, que não é, e nunca será, objeto de sua própria vontade e por submissão alegre; mas Paulo não está falando aqui de obediência voluntária.
v. 11 – “É o Senhor, para glória de Deus Pai”. Isto também pode ser lido, “na glória”, porque a partícula εἰς (a) é muitas vezes usada no lugar de ἐν (em). Prefiro, no entanto, manter a sua significação própria, no sentido de que, assim como a majestade de Deus tem sido manifesta aos homens através de Cristo, para que ele resplandeça em Cristo, e que o Pai é glorificado no Filho. Veja João 5.17, e você vai encontrar uma exposição desta passagem.
Texto de João Calvino, traduzido e adaptado por Silvio Dutra.