Luto comigo mesma! Quem não luta? Mais do que nunca o que a caneta de Paulo escreveu é real para mim! “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?”
Luto contra coisas dentro do meu coração. Manias, ausência de frutos do Espírito, pecados de “estimação”, que a meu ver podem parecer “pequenos pecados”. Se os colocasse na balança seriam menos pesados do que homicídio, adultério, roubo, etc. E o pior: os outros concordam comigo! Descobri é que usamos a mesma balança. Tipo: “Prá que me preocupar com isso? Tem gente vivendo num lamaçal de pecado, de pecado de verdade!” Quando menos percebo se levanta dentro de mim um fariseu, que não percebe sua arrogância e se esquece de que TODO e QUALQUER pecado ainda assim é PECADO. Ainda assim é o que matou Jesus!
Aí o Espírito Santo me convence. Vejo que preciso Dele nem só para o perdão, mas preciso Dele principalmente para chegar ao arrependimento! Não remorso, nem culpa ou consciência pesada! Preciso do arrependimento verdadeiro que não pensa em ter bênçãos em troca; arrependimento com pureza, sem nem mesmo uma gota de mistura. São nesses momentos que Ele me leva a escrever coisas como essas, que me fazem sentir o coração rasgando e passando da caneta para o papel! E é aí que o Sangue de Jesus lava, purifica, santifica!
Mas então. se eu não vigiar, surge outra faceta! Se eu não me aperceber surge outra figura. Agora ao invés de roupas de fariseu posso acabar me vestindo de juiz, com martelo na mão e tudo o mais! Porque quando o Espírito Santo nos toca e nos convence de algo corremos o risco de nos tornar convencidos (no outro sentido da palavra). Os outros têm que passar pela mesma experiência que nós, ter a mesma revelação, entender como entendemos e concordar com nossa ideologia espiritual! E vamos seguindo e batendo martelos, dando veredictos sobre a caminhada cristã dos outros! Acabamos achando que podemos fazer o papel do Espírito Santo.
Acredito que a faceta em mim que Deus quer que prevaleça é a daquele publicano que nem ousava olhar para os céus porque sabia do seu pecado! Mas ao mesmo tempo por nem olhar prá cima, ele também não podia olhar para o lado, se comparando com outros. A postura física dele ministra ao meu coração sobre qual deve ser minha postura espiritual: PROSTRADO! COM O ROSTO EM TERRA!
Essa é a postura do verdadeiro adorador! Quando olhamos para baixo, quando nos prostramos, só vemos a nós mesmos e ao Espírito que em nós habita! Porque Ele é quem deve ser o nosso referencial! E nada menos que a sua santidade deve ser nosso alvo e padrão. Paulo mesmo dá resposta a esse dilema de facetas dentro de cada um de nós:
“Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte? Mas graças a Deus por CRISTO JESUS, nosso SENHOR” (Romanos, capítulo 7).
Que Cristo Jesus seja gerado em mim, em nós! Pois se Ele for de fato gerado não amaremos o pecado e andaremos em santidade, mas também não seremos juízes do nosso próximo. Deus te abençoe.
Por Raquel Emerick
Fonte: www.ministerioalem.com / Adorando