Como saber se uma pessoa é de Deus? Nicodemos tinha o seu próprio método para identificar quem é quem: “Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.” (João 3.2)
Este é o critério mais utilizado até os dias de hoje, para identificar se alguém é realmente de Deus ou não. Seguindo esta mesma linha de pensamento, podemos dizer que aqueles que forem capazes de impressionar ao realizarem grandes feitos, certamente são homens ou mulheres de Deus. O que não é verdade, pois este conceito falho se baseia apenas em sinais externos, o que contraria aquele que é o foco principal da atenção de Deus, o interior do homem. A resposta dada pelo Senhor Jesus só confirma isto: “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” (João 3.3).
Apesar de sua sinceridade, devoção, profundo conhecimento da Palavra e de não levar uma vida promíscua, o problema não estava no rótulo e sim no conteúdo. Nicodemos não estava apto para entrar no Reino de Deus porque não era nascido de Deus.
O diabo é um manipulador extremista, com ele é “oito ou oitenta”. Ou ele tentará convencer o homem de que ele é um caso perdido e que jamais receberá o perdão de Deus; ou se esforçará para acreditarmos que já somos bons o suficiente para sermos salvos, afinal, existe gente muito pior. Na realidade, o que está em questão não é o quão bom ou mal nós somos. E sim, se passamos pelo processo do segundo nascimento.
Enquanto muitos evangélicos se envolvem em debates acalorados na internet, denunciando seitas e falsos profetas, numa disputa feroz para provar que suas denominações religiosas são as melhores; aquilo que realmente importa está sendo deixado de lado.
A igreja primitiva era formada por judeus e gentios (não judeus), por serem descendentes biológicos de Abraão e trazerem no corpo o sinal externo de aliança com Deus (circuncisão), muitos judeus se achavam mais de Deus que os gentios. Mas, o apostolo Paulo escreveu o que realmente importa para Deus: “Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura.” (Gálatas 6.15).
O que importa não é a frequência na igreja, o cargo que ocupa ou as obras que já realizou. O Senhor Jesus foi claro, o novo nascimento não é uma opção, e sim uma condição para entrar no Reino de Deus!
Deus lhe abençoe
Pr. Rubens Ennes | sentidounico.org