Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estrangeiro, e não os teus lábios. Provérbios 27:2
O que mais se vê nos dias de hoje são pessoas e ministérios se autopromovendo usando marketing de todo tipo, principalmente as redes sociais. Poucas pessoas usam esses meios para promover outros. O individualismo, a competição mundana que tem invadido nossas igrejas, faz com que o Reino fique dividido em muitas áreas e isso acaba impedindo o real crescimento da Igreja como um todo.
Temos exemplos bíblicos de pessoas que se deixaram usar por Deus para promover e levantar o próximo, (seja ministério, seja indivíduo)
At 4: 36 e 37
36) José, um levita de Chipre a quem os apóstolos deram o nome de Barnabé, que significa “encorajador” (ou consolador. Grego: filho da consolação),
37) vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o colocou aos pés dos apóstolos.
Barnabé foi um encorajador do ministério de Paulo, ele apresentou Paulo aos apóstolos, quando todos tinham medo dele ainda. E tempos depois se lembrou de Paulo, na época que ele estava trabalhando “secularmente” e foi buscá-lo para começar o ministério (At 11:24 a 26). Nessa época Barnabé já “tinha” um ministério abençoado e frutífero (At 11: 23 e 24), mas mesmo assim lembrou de Saulo foi buscá-lo para que este pudesse começar seu ministério definitivamente. Barnabé foi o próximo de Saulo.
At 9: 26 e 27
27) Então Barnabé o levou aos apóstolos e lhes contou como, no caminho, Saulo vira o Senhor, que lhe falara, e como em Damasco ele havia pregado corajosamente em nome de Jesus.
28) Assim, Saulo ficou com eles, e andava com liberdade em Jerusalém, pregando corajosamente em nome do Senhor.
Todos conhecem a historia de José, filho de Jacó, que foi preso por não querer fazer sexo com a esposa de Potifar, e ela o acusou falsamente. (Gn 39).
Ele ficou preso e algum tempo depois (Gn 40) conheceu dois servos do rei: um padeiro e um copeiro, que foram presos por cometer ofensa para o rei (v. 1 e 2).
Naquela ocasião Deus usou José para interpretar os sonhos que aqueles dois tiveram. E revelou que o padeiro iria morrer e o copeiro iria viver.
E foi isso que aconteceu. O padeiro morreu e o copeiro ficou vivo e restituído ao seu emprego.
No verso 14 José pediu ao copeiro que se lembrasse dele e o ajudasse de alguma forma. Mas não foi assim.
Gn 40:23 O chefe dos copeiros, porém, não se lembrou de José; ao contrário, esqueceu-se dele.
Gn 41: 1 a 12
1) Ao final de dois anos, o faraó teve um sonho. Ele estava em pé junto ao rio Nilo,
2) quando saíram do rio sete vacas belas e gordas, que começaram a pastar entre os juncos.
3) Depois saíram do rio mais sete vacas, feias e magras, que foram para junto das outras, à beira do Nilo.
4) Então as vacas feias e magras comeram as sete vacas belas e gordas. Nisso o faraó acordou.
5) Tornou a adormecer e teve outro sonho. Sete espigas de trigo, graúdas e boas, cresciam no mesmo pé.
6) Depois brotaram outras sete espigas, mirradas e ressequidas pelo vento leste.
7) As espigas mirradas engoliram as sete espigas graúdas e cheias. Então o faraó acordou; era um sonho.
8) Pela manhã, perturbado, mandou chamar todos os magos e sábios do Egito e lhes contou os sonhos, mas ninguém foi capaz de interpretá-los.
9) Então o chefe dos copeiros disse ao faraó: “Hoje me lembro de minhas faltas.
10) Certa vez o faraó ficou irado com os seus dois servos e mandou prender-me junto com o chefe dos padeiros, na casa do capitão da guarda.
11) Certa noite cada um de nós teve um sonho, e cada sonho tinha uma interpretação.
12) Pois bem, havia lá conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda. Contamos a ele os nossos sonhos, e ele os interpretou, dando a cada um de nós a interpretação do seu próprio sonho.
Demorou dois anos para que chefe dos copeiros se lembrasse de José, mas na hora certa lembrou.
Eu creio que Deus tem a hora certa de fazer alguém se lembrar de nós.
Mas será que quando Ele nos lembra de alguém nós fazemos caso? Será que alguma vez, ou algumas vezes não deixamos de honrar alguém que merecia ser lembrado e honrado?
É aí que entra a questão de amar o próximo como a nós mesmos.
Será que estamos fazendo pelos outros o que gostaríamos que fizessem por nós? (Mt 7:12)
Sempre nos colocamos na posição de José, mas vamos nos colocar na posição do chefe dos copeiros.
No nosso meio (louvor e adoração) infelizmente existe muito ciúme, muita inveja, muita competição. Parece que se falamos bem de alguém ou de algum outro ministério é como se estivéssemos promovendo um inimigo. Isso porque entrou na igreja o espírito mundano de individualismo. A mentalidade de Reino foi trocada por uma mentalidade de escravo, mentalidade mesquinha.
Este é um momento ideal para fazer disso um estilo de vida, preferir os outros em honra, promover e exaltar as qualidades dos nossos irmãos e ministros. Sempre que fizermos isso com certeza estaremos contando com o aval de Deus e estaremos esbofeteando essa obra da carne que é o individualismo e a autopromoção.
Mt 7:12 .”Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas”.
Eu tive varias experiências nesse sentido. Nem é bom citar nomes e ministérios que promovi e encorajei, porque não quero que isso acabe virando uma “autopromoção” em minha vida. Fico alegre de ver essas pessoas e seus ministérios crescendo e dando frutos, alguns até internacionalmente, e provavelmente algum dia esses “copeiros do rei” lembrem de fazer o mesmo. Assim é que funciona o Reino em harmonia. Assim crescemos todos e damos frutos. Assim derrubamos a inveja, ciúmes e outros frutos da carne. Assim seremos mais felizes e o mundo verá Jesus em nós.
Paz para teu coração
Jorge Russo (Jorjão)
[email protected]
www.ministeriotrio.com.br
Fonte: Portal Adorando