Nós lemos em Hebreus 4.12 que a Palavra de Deus separa a alma do espírito, ou seja, alma e espírito são duas realidades que formam uma unidade, mas que são de naturezas diferentes.
Enquanto não tivermos um entendimento espiritual adequado, jamais poderemos saber qual é o modo de vida que é realmente esperado de Deus, de nós.
Porque a Bíblia insistentemente nos aponta o dever de sermos espirituais, e de não vivermos dirigidos pela maneira de viver pela alma.
Para não nos alongarmos por demais, consideremos que Deus é espírito, e que Ele colocou o espírito no homem para que este vivesse segundo o Espírito e não segundo a carne, ou seja, sua natureza terrena decaída no pecado, segundo as paixões de sua alma.
Diz-se também na Bíblia que Deus é amor.
Ora, ao se fazer tal afirmação, o que se quer confirmar são as faculdades, os atributos do espírito, porque o amor ágape é exclusivo da natureza de Deus e daqueles que compartilham tal natureza.
Em I Coríntios 13, o apóstolo Paulo destaca alguns destes atributos do amor, que são por conseguinte, faculdades do espírito.
E dentre estas se ressalta a paciência cristã, a benignidade manifestada em meio a toda sorte de sofrimentos, a alegria exclusiva com a verdade e a justiça, e isto, certamente, só pode existir em quem vive no espírito e não na carne.
Em Gálatas 5, o mesmo apóstolo, cita o fruto do Espírito Santo, ou seja, estes atributos a que nos temos referido, que pertencem somente ao espírito, e não à alma ou ao corpo físico.
Ali se destaca o próprio amor ágape, a bondade, a perseverança, o domínio próprio, a benignidade, a fé, a paz, a alegria, a longanimidade, e podemos dizer que todas as virtudes de Cristo, são espirituais, celestiais e eternas, não desta natureza.
Elas serão vistas em nós, somente quando formos habitados ricamente pela Palavra de Deus, em procedimento santo, andando no Espírito Santo, porque é isto o que aviva e santifica o nosso espírito.