“Portanto, agora, nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus , que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (Romanos 8:1)
Andar segundo a carne traz consigo a ideia de a carne ir adiante de nós, como nosso líder, guia, e exemplo – e nós seguindo de perto seus passos, de modo que, para onde quer que ela se volte nós a acompanhamos como a agulha imantada segue o ímã na bússola.
Andar segundo a carne, então, é se mover passo a passo na obediência implícita . . .
aos comandos da carne,
às paixões da carne ,
às inclinações da carne,
e aos desejos da carne,
qualquer que seja a forma que eles assumam,
qualquer que seja o traje que vistam,
qualquer que seja o nome que eles possam carregar.
Andar segundo a carne é estar sempre perseguindo, desejando, e fazendo as coisas que agradam à carne, qualquer aspecto que a carne possa usar ou qualquer que seja a vestimenta que ela possa assumir – seja no molde e formato dos caminhos mais grosseiros e flagrantes do mundo profano – ou a mais refinada e enganosa religião da igreja professante.
Mas são os mais grosseiros e mais manifestos pecadores as únicas pessoas das quais pode ser dito que andam segundo a carne?
Não estará toda religião humana, em todas as suas formas e modas variadas, sob a varredura desta espada que tudo devora? Sim! Todo aquele que está aprisionado e que é conduzido por uma religião carnal, anda tanto na carne quanto aqueles que estão abandonados às suas indulgências mais grosseiras.
Isto é triste, mas não mais triste do que verdadeiro, que a falsa
religião matou seus milhares, se o pecado aberto tem morto seus dez milhares.
Andar segundo a carne, seja no sentido grosseiro do termo ou no mais refinado, é o mesmo aos olhos de Deus.
Texto de J.C. Philphot, traduzido por Silvio Dutra.