Pra quê tanta pressa? Querer ser uma árvore com tantas folhas, mas sem nenhum fruto? Querer ser precocemente o mais forte, o melhor, o campeão?
Paulo diz -nos: “Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”. I Co 9:27
João diz-nos: Convém que Ele cresça e eu diminua”. Jo 3:30
A parte de crescer, ser bem sucedido, ser promovido, ser o “chefe” a carne humana entende com bastante conforto, a confusão se instala quando o Espírito Santo propõe que devamos servir ao invés de ditar ordens, derrotar a carne como pré-requisito da qualificação eterna (ainda que aconteça pela Graça) e “diminuir” para crescer. O ser humano não sabe ganhar “perdendo”, não sabe que diminuir nem sempre é menos e que crescer nem sempre é mais.
Entretanto, movido pelo auto-engano, o ser humano presunçosamente pensa ter a capacidade de tomar atalhos para ser “forte”, achando que pode gerir o sobrenatural. Aliás, porque tanta ansiedade pelo sobrenatural se o natural já nos ocupa tanto? O sobrenatural pertence a Ele, o natural é o nosso “dever de casa”.
Suplementação alimentar não é a mesma coisa que anabolizante, e até mesmo a suplementação alimentar não prescinde o exercício físico. Precisamos nos “exercitar” ou seja, ter experiências com Deus, seguir o que nos diz o “Nutricionista Eterno”. Ter a paciência de viver um dia de cada vez, e de esperar a nossa vez.
Contemplamos atletas, queremos ser como eles, porém, sem ousar trilhar o mesmo caminho que eles. Queremos ser fortes, mas não queremos combater; queremos ser grandes, mas não queremos lutar; sermos grandes árvores, muitas folhas, mas sem nenhum fruto.
Que Ele cresça, e eu diminua
Andre Luiz