A favor do pensamento que o arrebatamento da igreja ocorrerá antes da grande tribulação que ocorrerá nos três anos e meio finais do governo do Anticristo são as muitas evidências bíblicas dos livramentos de Deus daqueles que o amavam antes de trazer seus terríveis juízos sobre os ímpios. Foi o caso de Noé e sua família, livrando-os na arca do grande dilúvio universal. Foi o caso de Ló e sua família que foram tirados de Sodoma e Gomorra pelos anjos do Senhor pouco antes de serem destruídas pelo fogo do juízo de Deus. E ambos livramentos são citados pelo apóstolo Pedro em sua segunda epístola quando ele discorre acerca da volta do Senhor, e ele fecha o seu relato com o seguinte argumento:
“é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo,” (2 Pedro 2.9).
O motivo declarado para o livramento foi a fidelidade a Deus demonstrada por Noé e Ló, vivendo de modo justo em meio a um mundo de completa impiedade.
Os que amam a Deus nestes últimos dias que antecedem o retorno do Senhor Jesus para julgar a impiedade das nações devem se espelhar no exemplo que nos foi deixado pelos santos do passado.
É vivendo do modo fiel e justo, que é segundo a graça e mediante a fé operante em Jesus e na Sua Palavra, que somos guardados em segurança, sobretudo no que se refere a guardar o nosso próprio coração de toda forma de impiedade que somos tentados a praticar por inspiração dos nossos três piores inimigos que buscam conquistar o principal e melhor dos nossos afetos para si. São eles: o nosso próprio ego, por um amor próprio fora da medida aprovada por Deus; o mundo com o fascínio que exerce através de suas práticas injustas e corrompidas; e finalmente Satanás e seus demônios que procuram nos conduzir à prática de todo o ensino infernal ocultista e que intensificam e reforçam as tentações nas duas formas de comportamento citadas anteriormente.
A única maneira de preservar o nosso coração no amor a Deus, dedicando-lhe todo o nosso afeto, é conhecendo e prosseguindo a crescer na graça e no conhecimento de Jesus (2 Pe 3.18), e não é portanto, sem motivo que somos ordenados a meditar na Palavra de Deus dia e noite, a ensiná-la a nossos filhos, a praticá-la na vida diária, uma vez que Deus não nos deixou sem o conhecimento da Sua vontade para o nosso comportamento, conforme a temos revelada na Bíblia.
Se, ao contrário, nos especializarmos no conhecimento das coisas que são do mundo e de Satanás, e as que são relativas à filosofia humanista, amaremos a nós mesmos e ao mundo e ao Inimigo de nossas almas, e não ao Senhor Jesus Cristo.