Deus fez uma aliança eterna
e que portanto não pode ser anulada.
E como aliança em seu caráter matrimonial
onde Ele é o esposo, e a igreja a noiva,
o que se requer então dos aliançados
é que eles sejam fiéis.
Deus sempre será fiel
porque não pode negar a si mesmo.
Todavia, os crentes, por causa do resquício
de corrupções na sua natureza,
são exortados a serem fiéis em tudo
durante a sua peregrinação terrena,
porque, tal casamento,
do Criador com a criatura,
requer isto.
Deus continuará amando
seus filhos adúlteros,
mas os sujeitará
à disciplina da aliança.
Ele não os repudiará
porque tem prometido
manter o compromisso
por toda a eternidade.
Diante de tal caráter imutável
da promessa que Ele fez,
não resta aos aliançados
senão a alternativa
de serem também fiéis,
para que vivam de modo agradável
Àquele com os quais se aliançaram
numa união de amor
indissolúvel e eterno.
Por isso há necessidade de diligência
em santificação para o crescimento
na graça e no conhecimento de Jesus,
porque esta é a única maneira
de se ter a plena certeza
da esperança da salvação.
E tal diligência não tem em vista
somente a certeza da salvação,
mas também e principalmente
conduzir a um modo de vida
digno da vocação
a que o crente foi chamado
que é pela fé e longanimidade.
A esperança da nossa salvação
é como uma âncora da nossa alma,
que a manterá segura e firme
por toda a eternidade,
porque esta âncora está firmada
no Santo dos Santos,
além do véu,
onde Jesus entrou,
e nos mantém ancorados
como o grande sumo sacerdote
da nossa fé,
de maneira que não podemos
ser movidos
da nossa união com Ele.
De modo que nada e ninguém
poderá separar o crente
do amor de Deus
que está em Cristo Jesus,
como lemos em Romanos:
“Portanto, agora
nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus,
que não andam segundo a carne,
mas segundo o Espírito.”
Rm 8.1
Pr Silvio Dutra