O Livro de Oração para Comunidade foi publicado pela primeira vez em 1549, com uma revisão maior em 1662. Uma das principais finalidades deste livro foi a de fazer as orações e liturgias da Igreja da Inglaterra acessível ao homem comum.
Como diz em seu prefácio, o seu objetivo é “… para expressar de uma forma melhor palavras e frases de uso antigo, adequando os termos à linguagem dos tempos atuais…”
Em nosso papel como líderes de louvor e compositores que somos chamados a servir congregações em que ministramos. Uma das maneiras de fazer isso é tornando nossos momentos de adoração congregacional ACESSÍVEL. Fiquei saturado com ministérios de louvor e adoração que não fazem nada disto. Já vi dez minutos de solos de bateria, músicas com letras que exigem de você o uso de um dicionário para entender as palavras, arranjos musicais tão complicados que ninguém tem idéia de como participar, músicas cantadas tão lentamente que é insuportável.
Devemos lembrar-nos, que ministrar o louvor e a adoração é ser parte de uma equipe e não de um ministério para nós mesmos, é um chamado para servir e liderar os outros, para facilitar para os outros, uma resposta de adoração.
Enquanto planejamos nossas listas de ministrações, precisamos pensar essa questão “acessibilidade” completamente:
a) As pessoas vão conhecer a maioria das canções?
b) Existe uma chave onde a maioria pode se conectar?
c) 5 minutos solo de guitarra é realmente necessário?
d) Será que a composição instrumental atrai as pessoas ou as espantam?
e) Será que as letras fazem sentido?
Para crescer mantendo nossa adoração acessível encorajo-vos a pedir um retorno do conjunto listas que já são conhecidas e as novas músicas que você introduzir. É muito útil ouvir o que realmente conecta as pessoas, ao invés de nós investirmos em nossas preferências pessoais.
Eu amo a visão do “Oração para Comunidade”. Faz com que a expressão oral do culto seja clara e acessível a todas as pessoas. Quando deixamos de conduzir a adoração de uma forma que seja inclusiva deixamos de incentivar as pessoas a se soltarem. Nós realmente deixamos de fazer tudo o que um líder de louvor e adoração é chamado a fazer.
Não me interpretem mal – eu não estou dizendo que por um minuto devemos ser tolos e nos contentarmos com o menor denominador comum.
Mas o perigo pode estar em ficar no raso e acabar esfriando, deixando de encorajar as pessoas a mergulharem. Estar à frente não é sobre um som original e peculiar, estou convencido de que está relacionado a ser conduzido pelo Espírito Santo.
Então, uma pergunta difícil de fazer – A quem estamos priorizando quando chegamos para ministrar o louvor? A nós mesmos e ao nosso ego? Ou ao povo de Deus?
Por Tim Hughes
Fonte: Adorando