Introdução:
A Epistola aos Filipenses contém menos advertências e mais elogio do que qualquer outra das epistolas de Paulo. É uma carta alegre, calorosa, e embora sem a comum correção paulina, de erros doutrinários, ela tem um valor imenso no ensino da necessidade de progresso e de alegria na fé. Nos anos 60-62 d.C., Paulo estava na prisão em Roma, esperando julgamento. Perto do final deste tempo, Epafrodito, um líder cristão de Filipos, chegou trazendo uma oferta daquela igreja. No caminho para Roma, Epafrodito adoeceu gravemente (Fp 2.25-27.), e, impossibilitado de retornar com seu companheiro, permaneceu com Paulo até poder terminar suas viagens. Paulo o enviou de volta a cidade de Filipos, com esta carta.
O Tema de Filipenses pode ser encontrado no versículo 25 do capítulo 1: “…. e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo na fé.” Este desejo profundo de Paulo para os crentes reflete por toda a carta.
E nesta carta os crentes são encorajados a desenvolverem uma fé pessoal forte, que não depende de ajudar (Fp 1.27;2.12) I.e, ele os orienta a terem:
1. Progresso (Proveito).
2. Alegria. A palavra grega para alegria aparece nesta pequena epístola, 16 vezes. E traduzida como regozijo, gozo e outros sinônimos, mas a mensagem e claramente uma: a alegria constante e profunda.
3. Fé. O objeto da fé dos filipenses, Cristo, é apresentado de quatro maneiras nesta carta. Um erudito da Bíblia sugeriu a seguinte apresentação:
Ele é a sua vida “…para mim, o viver é Cristo…”Fp 1.21
Ele é seu exemplo: ” Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.” Fp 2.5
Ele é seu alvo: ” Prossigo para o alvo (Cristo), para o prêmio…” 3.14
Ele é sua fortaleza: “tudo posso naquele que me fortalece.”
Fp 4.13 Quando lemos esta carta no seu capítulo dois a parti do versículo 3 ao 11, passamos a aprender sobre. À Humildade e Prontidão em Servi, e temos como maior exemplo a humildade integral de Cristo. Esta passagem e uma das passagens mais controversas da Bíblia, mas estudando-a cuidadosamente, podemos encontra as grandes riquezas desta passagem, tais como:
A HUMILHAÇÃO DE CRISTO: É incorreto dizer que Cristo era Deus e se tornou homem. Cristo é Deus e se tornou o Deus-homem. Esta é a importante verdade que Paulo quer esclarecer aqui nesta passagem escrita sob a inspiração divina.
1. “…Sendo forma de Deus…”. A palavra traduzida “sendo”, nesta frase, não é a palavra comum para “sendo”, mas refere à essência de alguma coisa ou àquilo inato ao seu caráter. Note também que o verbo está no particípio presente. Não se refere, assim, a um estado passado do ser, mas a um estado contínuo. Jesus sempre foi Deus pela sua própria natureza e igual ao Pai. Jo 1.1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Jo 8.58 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. Jo 17.24 Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo.Cristo, no entanto, não se apegou aos seus direitos divinos, mas abriu mão dos seus privilégios e glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos. 1Jo 4.9 ;Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos.
2. “…não teve por usurpação ser igual a Deus”. Primeiramente , a palavra “usurpação” torna esta frase de difícil compreensão. A palavra seria melhor traduzida como “segurar firmemente”. Segundo não foi sua divindade que Cristo não manteve firmemente, mas os direitos, e honrarias desta posição.
3. “…Aniquilou-se a si mesmo…”. A palavra traduzida “aniquilo-se” é em grego kenos e deve ser traduzida por esvaziar-se, geralmente usada no sentido de desapossar, difamar ou não usar. I.e., Jesus deixou de lado sua glória celestial (Jo 17.4 Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer.) sua posição; Jo 5.30 Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas à vontade daquele que me enviou. Suas riquezas; 2Co 8.9 pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza fôsseis enriquecidos. Esse “esvaziar-se” importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz. (Vs 8).
4. “…tomando a forma de servo…”. Embora Jesus Cristo permanecesse em tudo divino, ele tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (“Hb 4.15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como eu, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”).
5. “… fazendo-se semelhante aos homens”. A palavra “semelhante” aqui não e “morfe” mas “equema”. Lembre-se de que “morfe” se refere a características imutáveis, internas e da natureza . ao contrário, “squema” se refere às características mutáveis, físicas. Nisto Paulo deixa claro que Cristo é perfeitamente homem, mas sem a natureza pecaminosa de Adão.Cristo era um homem puro a semelhança de Adão antes da queda.
6. “…Morte de cruz”. A Crucificação era uma morte reservada para os escravos e criminosos perigosos.Dizia-se que um homem crucificado morria mil mortes. No caso de Cristo ele morreu por milhões de Mortes; 2Co 5.21 Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
A EXALTAÇÃO DE CRISTO( Fp 2.9-11)
Como já observamos, a regra paradoxal no reino de Deus é que ser servo conduz a elevação. Cristo demonstrou esse princípio quando voluntariamente renunciou ao exercício de Sua vontade ( Jô 6.38) e à glória que havia tido com o pai, na eternidade passada (Jô 17.5), para se tornar um servo, Deus-homem. Por causa de sua obediência, o Pai O exaltou acima de todo ser.
1. “…Deus o exaltou…”. A palavra aqui traduzida “exaltou” se refere a uma exaltação supereminente; o grau mais alto possível. Ela é usada somente esta vez na Bíblia e se refere à eminência de Cristo.
2. “…Deu-lhe um nome…”. Nome aqui significa “grau” ou “título” como usado em Efésios 1.21. A frase seguinte, ” nome de Jesus”, significa o “titulo que pertence a Cristo”.
3. “… Todo o joelho, nos céus, na terra, e debaixo da terra.” Este é um modo simbólico de dizer, anjos bons, homens e anjos maus caídos (Jd1.6 ) ou toda criatura vivente, ajoelhar-se-ão e confessarão que Cristo e o Senhor. Is 45.23 Por mim mesmo jurei; já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua.
4. “…Para a glória de Deus Pai…”. Dentro da Trindade não há ciúmes ou competições. Por esse motivo vemos que o Pai e glorificado com a exaltação do filho.
Conclusão: Deus planejou a salvação de toda a humanidade, demonstrando o seu amor ele enviou o seu único filho, para execultar o seu propósito de nós salvar. E hoje esta salvação esta sendo anunciada pelo Espírito Santo, então se você hoje ouvir a vós do Espírito Santo não endureça o seu coração; mas atente para esta tão grande salvação; Hebreus 2:3 : “Como escaparemos nós se não atentarmos para uma tão grande salvação? a qual começando a ser anunciada pelo Senhor foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram.”