Quando se diz na Bíblia que devemos andar na verdade, o que está em foco não é meramente a verdade moral, ou ainda o dito que corresponda à realidade de fatos e coisas, mas andarmos no caminho em que nos assemelhemos à pessoa de Jesus, em nossos pensamentos, atitudes e ações, pois ele definiu a verdade como sendo a sua própria pessoa, João 14.6.
Não se trata portanto de afirmar simplesmente que dois mais dois são quatro e não cinco, ou que aquilo que é verde é de fato verde e não vermelho. Mas, em sermos santos assim como Cristo é santo. Em sermos longânimos assim como ele é longânimo; e também perdoadores, mansos, humildes, fiéis, benignos, e tudo o mais que se encontra em perfeição na pessoa de Jesus.
Por isso nosso Senhor quando afirmou ser ele o caminho, acrescentou ser também a verdade e a vida; pois os três estão intimamente ligados em relações de causa e efeito.
Ele é o caminho que conduz à vida espiritual e eterna, e esta vida está fundamentada na verdade relativa a tudo o que se encontra nele, e não em outros caminhos diferentes onde há falsidades que procuram apresentar-se como verdades relativas à vida, e que não passam, todos eles, de caminhos de morte, e não de vida.
“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8.31,32).
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8.36)
Os laços de morte espiritual nos quais estamos naturalmente presos só podem ser desatados quando estamos unidos a Jesus, porque é nele, e somente por ele, que podemos viver do modo santo que é agradável a Deus, uma vez tendo sido regenerados e santificados pelo poder do Espírito Santo.